"Sorte do dia: você não é o tradutor do Jamie Oliver". A frase é de um tuíte postado na manhã deste sábado (9), enquanto o chef britânico cozinhava (e soltava o verbo) ao vivo no programa "É de Casa" (Globo).

Em manobra arriscada, a emissora decidiu receber Oliver ao vivo para preparar o almoço desse sábado (9): o prato do dia foi um frango com cuzcuz e pimentões.

Os primeiros minutos do programa foram um pouco esquizofrênicos: em uma tentativa de explicar aos telespectadores como funcionaria a tradução simultânea, Zeca Camargo teve sua fala sobreposta pela de Jamie e pela do tradutor, transformando a atração matinal numa pequena versão da torre de Babel —e deixando o telespectador perdido.

​Corrigida a sintonia da entrevista, Jamie continuou soltando a matraca, enquanto Zeca, Ana Furtado, Cissa Guimarães e Tiago Leifert ficavam só ouvindo (ou boiando?). O chef não deu um respiro sequer ao tradutor, que acabou levando fama de herói na internet.

Frenético, Oliver começou a divagar sobre a evolução da tecnologia na culinária enquanto picava o tomate. "Acho que essas coisas mudam, a gente precisa ver que mudanças acontecem, há 500 anos um fogão de aço inoxidável e o receptáculo mais bobo que existe e quando você pode cozinhar numa fogueira, as coisas mudam, os homens, as mulheres fazendo ginástica, isso tudo está mudando, a gente tá lutando com a saúde em parte porque a gente nos reequilibrou, no que havia antigamente e os nossos tataravós faziam, então se você não olhava, os mercados aqui no Brasil por exemplo, eu não sou especialista na cozinha brasileira, mas o clima e solo que vocês têm aqui, a história dos vegetais, legumes e verduras mais antigas, na Inglaterra a gente não tinha tomate há 400 anos atrás por exemplo, mas vocês tinham, tudo é questão de se reconectar. E sorrir", disse Oliver de um fôlego só, no primeiro minuto de programa.

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