'Ao mesmo tempo em que lidam com sexo, elas são ingênuas', diz Yanna Lavigne sobre prostituta de 'Liberdade, Liberdade'
LOUISE SOARES
COLABORAÇÃO PARA O “F5
Intérprete da prostituta Mimi de “Liberdade, Liberdade” (Globo), Yanna Lavigne vê semelhanças entre a realidade da sua personagem no século XVIII e a das garotas de programa atuais. Na fase de preparação para a novela, a atriz fez pesquisa de campo em uma casa noturna, onde pôde conversar com garotas de programa para entender um pouco mais de sua personagem. A atriz percebeu pontos em comum entre as profissionais do sexo do passado e de hoje. “A gente sabe que o período é outro, a profissão é vista e exercida de forma diferente, mas o olhar da garota de programa é o mesmo e pode ser que as circunstâncias sejam parecidas. Fui buscar referências de gestos, de fala dessas meninas que são tão leves", conta. "Ao mesmo tempo em que lidam com sexo, elas são muito ingênuas”, analisa Yanna, que decidiu emprestar a mesma característica para sua Mimi: “Mesmo ela estando a mais tempo no bordel, ela mantém uma ingenuidade de garota. Tem esse contraponto entra ela ter um frescor e ser uma menina leve, mas ela é a mais madura na profissão por estar há mais tempo”, explica a atriz. “Liberdade, Liberdade” não é a primeira experiência de Yanna Lavigne em uma novela de época com cenas de nudez e sexo. Na série “Ligações Perigosas”, ela vivia a empregada Júlia, que vivia um romance com o personagem de Renato Goés. Para a atriz, já estar mergulhada no universo de época foi um adicional para o novo trabalho, mas são duas personagens e dois períodos bastante diferentes. “A outra personagem era mais inexperiente, quietinha, enquanto a Mimi é mais ousada. Ao mesmo tempo ela é espontânea, lasciva, vai atrás do que quer”, disse Yanna Lavigne. Sobre a parceria de Mimi com o homossexual André (Caio Blat), que vai assumir o filho dela na trama, a atriz ainda não sabe o que vai acontecer com o relacionamento. “É uma paixão platônica. Vamos ver se ela consegue arrancar essa paixão dele também. Eles interagem de uma maneira muito atípica, tentando uma intimidade”, avalia.
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