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Para diretora de 'A Regra do Jogo', Carolina Dieckmann é 'muito loira' para morar no morro

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Não adianta pedir spoilers dos próximos capítulos de "A Regra do Jogo" (Globo) para Amora Mautner. A diretora garante que conhece apenas a sinopse básica da trama de João Emanuel Carneiro e vai descobrindo semana a semana os novos acontecimentos, junto com o público.

No que já aconteceu na novela, Mautner se diz satisfeita com o resultado. Mesmo com audiência abaixo de seu trabalho anterior, a arrasa-quarteirão "Avenida Brasil" (2012), a diretora comemora a repercussão que "A Regra do Jogo" vem conseguindo angariar, principalmente depois da revelação da identidade do pai da facção.

"Eu amo essa novela. Acho que a gente está muito bem. A novela teve um início um pouco mais psicológico, [antes] do 'thriller' ir pegando", disse a diretora ao "F5".

enredo

Uma trama em particular surpreendeu a diretora conforme seu desenrolar na novela: a história de Domingas (Maeve Jinkings), moradora do Morro da Macaca que sofre abuso do marido, Juca (Osvaldo Mil).

"Eu não esperava, mas o João [Emanuel Carneiro] sabia. Ele me falou que a história teria repercussão por que as mulheres iam se identificar. Eu me surpreendi com essa história no sentido de que eu achei que isso não acontecia tanto mais no Brasil, e foi uma ignorância da minha parte. Daí elas terem se identificado tanto. A minha surpresa foi mais em relação ao Brasil do que a trama. Achei surpreendente isso ser tão atual ainda", comenta a diretora.

Segundo Mautner, a novela não passou por grandes mudanças desde a estreia e tem seguido a sinopse desde o início, inclusive na data do último capítulo, que sempre esteve prevista para 11 de março. Mesmo a entrada de personagens como Lara (Carolina Dieckmann) já estavam em sua programação e não foram uma tentativa de reforçar a trama romântica de "A Regra do Jogo", nem de substituir a mocinha original, Tóia (Vanessa Giácomo).

"[Carolina Dieckmann] fez teste, de fato, como fiz para outras atrizes, mas foi mais por ela ser muito loira, muito gringa para morar no morro da Macaca. Mas estamos falando de duas atrizes com talento indiscutível, tanto a Vanessa quanto a Carol. Foi uma pura decisão de quem faz o quê. Não tem nenhuma relação uma com a outra. A história está sendo contada como foi escrita desde o início, a gente não chamou a Carolina por que precisava de uma mocinha", afirma Mautner.


cenário

Uma das grandes inovações da novela está na chamada caixa cênica. Ao contrário de gravações de novela tradicionais, em que a câmera orbita pontos fixos e o ator tem que se orientar para aparecer no vídeo, no cenário de Mautner as câmeras seguem os atores, que podem transitar com mais naturalidade no cenário.

"O maior trunfo da caixa cênica é a liberdade que a gente tem com os atores. A sensação para os atores, para o telespectador e para a gente é de não estar vendo só um eixo do cenário. Isso, para a gente, numa novela que tem muita cena, mostra ao público uma variação muito grande."

"Em filmes e séries as pessoas já fazem isso. Com a caixa cênica, a gente conseguiu ter um resultado que já se tem, que todo mundo já viu em outros seriados com menos volume de gravação. Mas conseguimos fazer isso com o nosso volume de gravação", afirma Mautner.

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