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'Eu não entrevistaria o goleiro Bruno', diz Dan Stulbach sobre briga por audiência na TV

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Estreante no comando da bancada do "CQC" (Band), Dan Stulbach diz ser do time dos que não fazem de tudo pela audiência. Para ele, importa mais a relevância do programa.

O ex-global, que ganhou sucesso na TV como o vilão das raquetadas, Marcos, de "Mulheres Apaixonadas" (Globo), foi entrevistado nesta sexta-feira (20) na "TV Folha" ao vivo. Participaram da conversa o editor do "F5", Sandro Macedo, e a repórter do site Anahi Martinho.

"Na TV aberta hoje há dois tipos de audiência, a de durante e a posterior ao programa, nesse quesito estou bem feliz com o 'CQC'", afirmou.

Na estreia de sua nova temporada, no último dia 9, o humorístico marcou 3,8 pontos de média, contra 5 pontos dos episódios iniciais das últimas três edições, em 2012, 2013 e 2014.

"No mesmo horário do 'CQC', há o Ratinho, o Gugu e a novela da Globo. Eu entendo que eles conversam entre si. Qual é a nossa briga? É por esse público?", questionou.

"A questão é: qual TV aberta a gente quer? Eu não entrevistaria o goleiro Bruno, não faria dele uma celebridade", provocou —uma conversa com o ex-atleta, condenado pela morte de sua ex-amante Eliza Samudio, foi a principal atração do "Programa do Gugu" nestas quarta (18) e quinta-feira (19).


COMPARAÇÕES

Substituto de Marcelo Tas no programa da Band, Stulbach classificou como "injusta" e "exagerada" a criação de um embate entre os dois apresentadores. Ele afirmou que nunca teve a intenção de imitar os trejeitos do antigo líder da bancada, que esteve à frente do humorístico durante seis anos.

"Isso [imitar Tas] não passou pela minha cabeça. Se eu soubesse que falariam esse tipo de coisa, talvez tivesse visto o programa antes com a intenção de evitar certas coisas."

Com a despedida do "CQC", Tas vai apresentar o "Saia Justa de Verão" (GNT) —posto antes ocupado por Stulbach.

"Acho uma curiosidade a gente ter trocado de papeis", disse o ex-global, que, apesar do contrato com a Band, mantém conversas (e planos) com o canal pago do grupo Globo.

"Existe uma boa possibilidade de eu fazer outra coisa no GNT, algo que misture tudo, humor, dramaturgia...", anunciou, sem dar mais detalhes sobre o projeto. Em abril, ele vai ficar no ar em duas emissoras ao mesmo tempo, já que a Globo vai exibir "Os Experientes", série de Fernando Meirelles que gravou em 2013.

POLÍTICA

O tratamento de fatos políticos com abordagem cômica, característica do "CQC", precisa ser, na opinião de Stulbach, independente de seu viés ideológico pessoal. Por conta disso, ele evita manifestar publicamente seus posicionamentos.

"Eu, como apresentador, sempre achei que, se você se posiciona politicamente, as pessoas passam a te ver e te ouvir colocando isso como uma distorção do que você fala. Eu não digo nome de partido, nem de candidato, porque isso é bom para o programa e para quem assiste."

Ele criticou ainda o medo dos processos que afugenta o humor no Brasil. "Somos um país que tem muito medo de falar dos outros. Na TV americana, fala-se mal ou celebra-se as pessoas o tempo todo. Eu acho isso bom para a democracia."


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