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Jurada de novo reality de bandas, Bianca Jhordão alfineta concorrente da Globo

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Vocalista e guitarrista da banda Leela, Bianca Jhordão vive de música há quase 15 anos e agora está estreando como jurada de um reality de bandas.

O "Breakout Brasil" (Sony) estreia neste domingo (19) e traz 12 bandas de som autoral competindo por um contrato com a gravadora Sony.

"O programa é inovador, a gente tá conhecendo novos artistas, ajudando uma nova cena musical a se formar", comemorou Bianca, que integra a banca de jurados ao lado de Supla e Lucas Silveira, vocalista da banda Fresno.

"E as bandas são todas autorais, isso é o que mais prezo. Mais do mesmo a gente já tem", comentou ela, alfinetando de leve o reality de bandas "Superstar", da Globo, em que os grupos fazem apenas covers.

Segundo a cantora, os integrantes das 12 bandas tiveram uma espécie de "curso". "A gente brinca que é o 'Breakout Academy'. Eles saem daqui com uma visão muito mais profissional do que é realmente viver de música, como é o mercado da música, como é o cotidiano de quem vive disso", explica.


A cada semana, as 12 bandas se enfrentam em um novo desafio e vão aos poucos sendo eliminadas. Os desafios vão desde compor uma trilha sonora para um curta em apenas uma hora até tocar um som que não tem nada a ver com seu estilo.

Bianca deixa sua dica para quem quer viver de música: "É difícil. Tem que ter estrutura emocional, física e psicológica. Não se deixar abater nos momentos em que não está fazendo sucesso. Estudar sempre, aprender um instrumento novo, ouvir outro tipo de música. Tem gente que começa pensando que ter banda é pegar um monte de mulher e viajar o mundo ganhando para isso. A vida não é assim. Para algumas pessoas até é, mas não para a maioria. Não dá para ter vida de balada, sair todo dia, madrugar, viver em festas. No dia seguinte sua voz tem que estar boa para cantar".

Segundo ela, muitos aspirantes a músicos acabam se frustrando, porque percebem que não queriam aquilo como profissão, e sim como um hobby.

"A pessoa não pode esperar esse retorno de dinheiro rápido. Compor música é 20% de inspiração para 80% de inspiração. Quem ouve uma música na rádio não imagina que ela passou um ano sendo trabalhada", diz ela, revelando que, na adolescência, começou a compor porque não conseguia tirar músicas de outras bandas.

OLHAR AFIADO

Jhordão também afirmou ter crescido pessoalmente com o reality. Ela acredita que se tornou mais exigente e atenta.

"Quando você precisa eliminar uma banda por apenas um detalhe, o seu olhar fica muito mais afiado. Lá no final eram pequenos deslizes que serviam para eliminar: um refrão que não funcionou tão bem, uma virada de bateria que não ficou boa", conta ela. "E a gente precisa ser coerente fora da TV. Não podemos fazer coisas que criticamos", conclui.

"Teve muito chororô, dá pena de eliminar apenas pelo desafio. Mas ter participado do reality foi só o meio da carreira deles. Metade de um longo caminho que está por vir".

NOVA CENA

A jurada destaca como principal legado do reality a formação de uma nova cena da música nacional.

"As bandas estavam todas juntas no mesmo hotel. Todo mundo 'na estrada'. Rolava umas festas, eu vi que eles fizeram amizade um com o outro. E isso é muito importante. A música autoral precisa disso", comenta.

Mãe de um menino de dois anos com o marido e parceiro de banda Rodrigo Brandão, ela diz esperar que a música brasileira continue evoluindo e que o filho cresça em um cenário musical diferente do atual.

"Não quero que meu filho tenha 18 anos e continue ouvindo as mesmas coisas que tocam hoje. Claro que tem os clássicos, mas a música precisa estar em constante evolução".

O programa estreia neste domingo (19), às 21h30, no canal Sony.

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