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Contratado da Globo, Marcelo Medici acusa 'Zorra Total' de plágio

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Marcelo Medici, 42, acusou o humorístico "Zorra Total" (Globo) de falta de ética.

Segundo desabafo publicado em uma rede social, ele acredita que teve um personagem plagiado pelo programa.

Trata-se de Sanderson, um corintiano cheio de gírias que ficou conhecido no teatro e depois apareceu em algumas participações na televisão.

Médici afirma que o diretor do "Zorra", Maurício Sherman, o convidou para viver o personagem no programa, mas ele não pode aceitar porque estava comprometido com a novela "Joia Rara" e com o "Vai que Cola" (Multishow).

Crédito: Divulgação/TV Globo Marcelo Médici é Sanderson; ao lado, o suposto plágio do "Zorra Total" (Globo), Mano
Marcelo Médici é Sanderson; ao lado, o suposto plágio do "Zorra Total" (Globo), Mano

"O curioso é que há dez anos, desempregado, peguei um ônibus de São Paulo e, levado pelas mãos de minha amiga Claudia Rodrigues, tentei oferecer esse mesmo personagem ao mesmo diretor", contou.

Para sua surpresa, ele viu uma chamada do programa com um personagem muito semelhante ao seu.

O ator está escalado para a novela "Búu", da Globo.

Procurada pelo "F5", a Globo, por meio de sua central de comunicação afirmou que "os quadros e os personagens dos programas são desenvolvidos com base em criações originais realizadas sob encomenda aos seus contratados".

"A Globo esclarece que o personagem do 'Zorra Total' traz características típicas de um indivíduo comum no cotidiano paulistano, inúmeras vezes retratado em diferentes expressões artísticas, como o teatro e a TV."


Eu podia estar roubando, matando... mas estou aqui perplexo com a falta de ética, de respeito. Ontem, ao ver uma chamada do humorístico "Zorra Total", me deparo com um ator vestido com um gorro preto e branco, regata na mesma cor, dentro de um ônibus. Essa figura, um corintiano, um mano, um motoboy que fala gírias, é uma velha conhecida de nós paulistas, reflexo de uma realidade comportamental e linguística. Muitos personagens parecidos com ele vieram depois.

Criei o personagem Sanderson faz muito, muito tempo e ele ficou conhecido do público pela participação em espetáculos teatrais como "Rê Bordosa", "Eu Era Tudo Pra Ela e Ela Me Deixou" (primeira versão/1997), "Terça Insana", e por dez anos em cartaz no solo "Cada um com seus Pobrema". Na TV, Sanderson já apareceu no Prêmio de Humor do Canal Multishow (vencedor, uhu!), depois no humorístico "A Praça É Nossa" (SBT), com o apelido de Zoinho, e na TV Globo nos programas dos meus queridos Serginho Groisman e Jô Soares, entre outros. Algumas vezes.

Ano passado, após me comprometer com a novela "Joia Rara" e com o programa "Vai Que Cola", do canal Multishow, recebi um convite do diretor do "Zorra Total", para integrar o programa com o Sanderson. O curioso é que há dez anos, desempregado, peguei um ônibus de Sâo Paulo e, levado pelas mãos de minha amiga Claudia Rodrigues, tentei oferecer esse mesmo personagem ao mesmo diretor, o senhor Maurício Sherman, para o mesmo programa! Ele rejeitou o Sanderson porque eu já havia feito na "Praça é Nossa". Acreditem ou não, recusei fazer o humorístico nesse momento por vários motivos, sendo que os compromissos por mim assumidos anteriormente, foram os mais relevantes. E para minha (triste) surpresa, hoje assistindo ao programa, vejo outro ator, falando como o Sanderson, vestido como Sanderson, dizendo que: "Podia estar roubando, matando, mas...". Exatamente como o Sanderson se apresenta. Ética, ética... volta! Sem você, o mundo acaba.

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