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Sabrina Sato fala sobre o programa em que 'aprendeu tudo' e do novo projeto

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Ao desfilar pelos corredores da Record num salto de 20 cm e com microvestido, Sabrina Sato, 32, nova estrela da emissora, encontra um time de seguranças querendo uma foto com ela.

"Pessoal, vamos botar umas cadeiras naquele solzinho, pra gente vir de biquíni e se bronzear?", pede ao mais recente fã-clube, que não sabe se baba ou responde. Sabrina gosta de "causar".

Pai e mãe psicólogos não foram capazes de dissuadi-la da busca pela fama. Sabrina foi modelo e dançarina do Faustão antes de entrar no "Big Brother Brasil 3" (2003).

Não demorou para virar musa do reality da Globo, alvo da "Playboy" e ir parar no "Pânico" (primeiro na Rede TV! e agora na Band), onde ficou por uma década. O jeitinho atonteado somado ao corpão e ao carisma lhe renderam contratos publicitários, licenciamentos e o interesse de outras emissoras.

Sorte? Sabrina chama de "intuição". Mas pode também ter nome e sobrenome: Karina Sato, irmã e empresária que ajudou a conduzir a carreira da ex-"BBB" que deu certo (leia texto ao lado).
Em entrevista à Folha, Sabrina comenta seu novo passo: a estreia, em abril, de um programa solo na Record, aos sábados. Ela fala, ainda, da dificuldade de deixar o "Pânico", da imagem de "gostosa burra" e do Carnaval. Leia abaixo os principais trechos.

Crédito: Eduardo Knapp/Folhapress A apresentadora Sabrina Sato, 32, na sede da Record, em São Paulo
A apresentadora Sabrina Sato, 32, na sede da Record, em São Paulo

Folha - Quando você começou a querer um programa seu?

Sabrina Sato - Sempre tive esse sonho, mas nunca tive coragem de colocar para fora. Achava que não merecia. Quando a oportunidade da Record surgiu, senti que era o momento. Não sou mais um menininha. Não posso mais continuar no "Pânico", falando aquelas bobeiras até os 40 anos. Tenho de mudar.

Quando entrou no 'BBB' imaginava que a fama ia durar?

Quando resolvi mandar minha gravação para o "BBB", minha irmã [Karina Sato, empresária de Sabrina] escondeu a fita. Ela dizia: "Ninguém lá dá em nada, para com isso". Mas eu sentia que daria certo. Depois do "BBB" fui convidada para participar do "Pânico" no rádio. Mas acabei voltando várias vezes. Fiquei um tempão sem ganhar nada. Um dia me contrataram. Na época, fui chamada para fazer a novela "Da Cor do Pecado", na Globo. Ia beijar o Cauã [Reymond], mas segui minha intuição. Já ouvia na época que o "Pânico" iria para a TV. Escolhi ficar com eles. Novela eu ia fazer uma só e depois iria sumir.

Sua saída do "Pânico" foi sofrida?

Nossa, foi. Aprendi tudo lá. Amo o Emílio (Surita). Ele tem medo de eu desperdiçar o meu talento. Mas eu to seguindo meu coração. Mas dá muito medo. Só vou dormir quando o programa estrear. (risos)

E antes da estreia ainda tem a loucura do Carnaval, não?

Adoro Carnaval. Saio como madrinha da Gaviões da Fiel, rainha da Vila Isabel e talvez abra o Carnaval com a Ivete em Salvador. Também sou rainha do camarote da Brahma neste ano.

Ah, você é a verdadeira rainha do camarote?

(Risos). Ééé verdade. A caipirona de Penapólis virou rainha do camarote. Não me importo de ficar muito no camarote, sou a última a ir embora mesmo, já ficava de graça, agora então, que estão pagando (risos). Mas estou me preparando para o Carnaval. Estou malhando e parei de beber vinho. Um litro por dia eu bebia (risos). Acordava a cara do Zeca Pagodinho, inchaaaada. Parei com isso.

Você ouviu a opinião de sua família, de seu namorado (João Vicente, integrante do Porta do Fundos) quando resolveu ir para a Record?

Foi uma decisão minha. Houve propostas de outras emissora, mas eu nem sentava para conversar. Dessa vez eu quis ir e pronto. Ouvi muita gente, mas ouvi também o pessoal do posto.

Que posto?

De gasolina. Eu fazia enquete, pesquisa de público nas ruas. (risos)

Sua carreira mudou muito. Você mostrava muito o corpo no início, a bunda, depois passou a ficar no palco, ir fazer entrevistas em Brasília. Você pautou essa mudança?

Eu nunca disse "não" para o "Pânico", sempre topei tudo. Não fazia diferença para mim fazer ou não. A mudança foi natural. Eu estava gravando um dia e me mandaram para Brasília falar com o Sarney. Nem sabia o que falar e me jogaram lá em Brasília.

Você incentiva essa história de "menina burra"?

Quando entrei no "Pânico" não acompanhava mesmo os meninos, não entendia todas as piadas. Depois, no palco, você acaba dando um forçada na brincadeira.

Você realmente não fala inglês?

Eu tô melhorando. Mas acho difícil conseguir falar até a Copa (risos).

Como foi para sua família quando você resolveu posar nua?

Meu irmão trancou a faculdade e falou que ia embora para o Japão. Ele chorou (risos) Mas minha mãe e minha irmã me apoiaram. Minha família queria cuidar de tudo, mas não sabia cuidar direito (risos). Minha mãe foi comigo na sessão de fotos com o Bob Wolferson. Quando olhei, ela estava dormindo. Ela dormiu enquanto eu tirava a roupa (risos).

Você posaria nua de novo?

Ah não. Já foi. Agora é uma nova fase. A fase comportada, fase Record. Tem tempo certo para usar as coisas. Não vou ter 50 anos e andar de shortinho.

E o programa, como está?

Ainda não tem nome. Estou montando a equipe ainda, está tudo em construção. O programa terá duas horas e meia, deve entrar no ar às 20h25. Vai ter bailarinas, game, reality... Mas sei que não vou inventar a roda na TV. Gente, vamos diminuir a expectativas, por favor (risos)?

Não te assusta o fato de agora estar sozinha no palco com um microfone na mão?

Eu sinto que vou me sair bem. Tirando a parte que falo muito acelerado. Vou ter que arrumar isso (risos) e outras coisinhas. Já pensou eu com um ponto eletrônico no ouvido?. Vou ficar como a Maisinha (do SBT), falando com o ponto, parecendo doida.

Você não pensa em fazer um esquete do Porta dos Fundos?

(Risos) Mais adiante. Agora tenho de focar no programa. Acabei até de falar um 'não' para uma proposta de cinema. Agora tô focada no programa.

Você vai ganhar salário de R$ 1 milhão na Record?

Nããoooo. É 20% disso. Tá, um pouquinho mais vai. (risos) Agora, sem os merchandisings, estou ganhando menos do que estava ganhando no "Pânico" (Estima-se que Sabrina chegava a tirar R$ 500 mil por mês no "Pânico" entre salário e contratos de publicidade). Com os merchandisings na Record, a grana aumenta um pouco. Mas hoje, a TV não vive mais aquela fase de salários milionários. Infelizmente faço parte dessa nova fase (risos). Fazer o quê, né?

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