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Televisão

"'Zorra Total' é um programa praticamente infantil", diz comediante Gustavo MMendes

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Gustavo MMendes trabalha no "Zorra Total" (Globo), mas se diz apaixonado pelo "Pânico". É fã dos polêmicos Rafinha Bastos e Danilo Gentilli e acha fraco o humor do grupo "Porta dos Fundos".

Quem o trouxe à tona para a atual cena do humor foi sua imitação da presidente Dilma Rousseff --de quem, apesar de simpatizar com a figura, não é eleitor. "Não voto no PT", afirma ao "F5".

"Li que ela é fã da minha imitação, inclusive já chegaram a atribuir parte da popularidade dela... bom, da antiga popularidade dela, à minha personagem", acrescenta. "Mas não tenho a menor motivação em agradá-la".

Por enquanto, MMendes está longe das telinhas e trabalhando na criação de um novo personagem para estrear em breve no "Zorra Total".

Sua imitação de Dilma está vetada do humorístico da Globo, uma vez que a atriz Fabiana Karla já interpreta a presidente.

"A Fabiana Karla já faz a Dilma brilhantemente, não teria porque eu fazer a minha. Outro problema é a restrição de conteúdo. O 'Zorra' se tornou um programa praticamente infantil. O público infantil é muito grande, então estou atrás de um personagem que se encaixe. E ansioso para estrear."


Enquanto não volta à emissora, ele segue em turnê pelo Brasil com três espetáculos: "Mais que Dilmais" (seu carro-chefe, em que explora a paródia da presidente), "Sarjeta" (uma comédia musical) e "Ponto GG" (espetáculo polêmico que fala sobre os grilos e hipocrisias do ser humano com relação a sexo e religião).

Nascido em Guarani, interior de Minas Gerais, Gustavo MMendes saiu de casa aos 15 anos com o objetivo de trabalhar na TV. Foi primeiro para Juiz de Fora, bater de porta em porta nas companhias de teatro.

"Tenho o seguinte problema: sou aquariano. E o aquariano se acha muito. Eu ia nas companhias com 15 anos e dizia que era um grande ator, que eles tinham que aproveitar a oportunidade incrível de me contratar. Claro que só conseguia papéis menores, então comecei a ir nos barzinhos da cidade me oferecer para fazer shows de piada."

Hoje com 24 anos, mudou de cidade, de vida e de nome. Acrescentou, por sugestão de uma numeróloga, um segundo M ao sobrenome, corruptela de Mendes de Miranda.

Foi morar no Rio de Janeiro e emagreceu 14 kg. "Morar na Gávea foi um incentivo: você fica o dia inteiro vendo pessoas gostosas e saradas e se sente um merda", justifica ele, que chegou a pesar 98 kg e a vestir 46.

Vaidoso, ele se diz feliz com a nova forma e brinca: "Não tenho pretensão de ser um Chico Anysio, e sim um Cauã Reymond".

Fã de Anysio, Tom Cavalcante, Pedro Bismarck e Heloísa Périssé, o humorista admira os polêmicos Danilo Gentilli e Rafinha Bastos, mas não gosta do grupo "Porta dos Fundos".

"Acho o texto deles apelativo demais. E tenho pouca paciência para quem se autodeclara de vanguarda. O Tabet [Antonio Tabet, do site "Kibe Loco" e do "Porta dos Fundos"] tem uma postura de 'somos a vanguarda do humor' e repete a mesma piada toda semana", critica.

MMendes, no entanto, ressalta reconhecer o talento de Fábio Porchat e de Gregório Duvivier.

Entre seus planos para o futuro, estão o de voltar a fazer vídeos na internet, um projeto no cinema --sobre um mineirinho que vai para Brasília encontrar a presidente-- e um programa de rádio.

"Já fiz rádio lá no começo e quero voltar a fazer. Sou apaixonado pelo 'Pânico', mas teria que ser uma coisa diferente, porque o 'Pânico' já existe", diz ele, elogiando também a versão do programa na TV, exibido pela Band.

Também sonha em ser apresentador em alguns anos. "Meu sonho de carreira é ter um programa de auditório, que não precisa ser exatamente humorístico. Eu gosto mais do entretenimento do que do humor", justifica. "O humor é apenas minha estratégia para entrar no mundo do entretenimento."

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