Televisão

Brasileira dirige setor criativo de TV nos EUA

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Da janela de seu escritório, Peach Gibson, 51, pode ver a orla agitada de Miami.

É de lá que, desde novembro, ela comanda a equipe de 50 pessoas do departamento criativo --ou, como prefere, Creative Center--, da Telemundo, segundo maior canal pago em língua espanhola dos Estados Unidos, pertencente ao grupo NBC.

Paulista de Lorena, Peach é a vice-presidente sênior da área e cuida da identidade visual da rede, que tem o público hispânico residente em solo americano como alvo.

"Nossa produção mistura a qualidade e a variedade da TV americana com a dramaticidade latina. Temos programas de entretenimento, reality shows e, é claro, as novelas", diz a executiva.

Na próxima quarta-feira, a Telemundo estreia "Marido en Alquiler", versão em espanhol do folhetim "Fina Estampa" (2011-12).

Crédito: Telemundo/Divulgação Maritza Rodriguez, Juan Soler e Sonya Smith, protagonistas da versão em espanho de 'Fina Estampa
Maritza Rodriguez, Juan Soler e Sonya Smith, protagonistas da versão em espanho de 'Fina Estampa'

É a segunda coprodução do canal com a Globo, que emprestou técnicos e até o autor Aguinaldo Silva como consultor. Em 2009, a rede hispânica fez "El Clon", versão da novela "O Clone" (2001-02).

"Para lançar 'Marido en Alquiler' nos inspiramos na trama original, apresentando as histórias e os personagens com requinte de detalhes e o toque latino", conta.

Faz 23 anos que Peach Gibson migrou para os EUA. Deixou uma carreira na publicidade para aprender inglês. Casou-se e se estabeleceu, primeiro em Los Angeles, para depois mudar para Miami.

"Tinha preconceito com Miami, mas foi aqui que cresci profissionalmente."

Ela trabalhou entre 1998 e 2008 nos canais Discovery para a América Latina, ajudando a lançar o Animal Planet e consolidando o Discovery Kids como TV integralmente voltada para crianças em idade pré-escolar.

Antes de integrar o time da Telemundo, teve uma experiência de quase dois anos no Brasil, nos canais Fox.

"Agora, a TV paga no Brasil vive um ótimo momento, nos anos 1990 quase não existia mercado. Eram poucos canais e assinantes", lembra.

Sobre a nova lei, que estabeleceu cotas de programação nacional dos canais, ela confessa ter tido ressalvas. "Nos preocupávamos com a qualidade que esses programas obrigatórios teriam."

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