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José Mayer grava novela com formigas de verdade caminhando sobre o rosto

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Do rol de personagens com talentos curiosos da nova versão de "Saramandaia" (Globo), o fazendeiro Zico Rosado (José Mayer) promete ser o que causa mais "nojinho" nos telespectadores.

Explica-se: ele expele formigas pelo nariz quando fica nervoso. Apesar da estranheza de ter insetos caminhando pelo rosto, o ator José Mayer garantiu que não sentiu nervoso nem foi mordido pelas inusitadas companheiras de cena.

"Em parte das cenas se usa formiga de fato e, depois, tem um complemento, um acréscimo digital", explicou o ator.

A julgar pela sinopse da trama, não devem faltar momentos de estresse para as formigas correrem pelo rosto de Zico Rosado.

No remake de Ricardo Linhares baseado na obra de Dias Gomes, o fazendeiro é um tradicionalista ferrenho e quer manter o nome original de sua cidade, Bole-Bole, em vez do progressista Saramandaia proposto por João Gibão (Sérgio Guizé).

"É um personagem fantástico, contraditório, apaixonado. São três gerações de paixões e desamor. É um território mais mágico, mais longe desse universo a que a gente está habituado das últimas novelas, universos cruéis, maldosos, nesse sentido é muito bom", elogiou. "Oxigena um pouco a temática da novela. E faz surgir através da habilidade do [autor Ricardo] Linhares o universo do Dias Gomes, que é muito divertido e brasileiro."


No remake, o personagem ganhou até um par romântico na forma da personagem Vitória Vilar (Lilia Cabral), com o qual vai viver um romance escondido e proibido, já que as duas famílias são rivais.

Perguntado se o personagem seria uma volta ao tipo "galã" que o consagrou, José Mayer fez uma comparação com seu último personagem na televisão, o pescador Pereirinha de "Fina Estampa" (2011) e o papel de Zico como político na trama.

"'Pereirinha' não era galã romântico. 'Pereirinha' era um sacripanta, um canalha, um vagabundo maravilhoso, por sinal", explicou. "O Zico Rosado é um personagem cheio de paradoxos e sentimentos contraditórios, é um retrato do político corrupto no Brasil. Uma espécie de Maluf da ficção, acusado de tudo e nada gruda, nada pega nele."

"É uma metáfora que serviu muito nos anos da ditadura e que agora tem outro espaço de liberdade. O Linhares acrescentou ao personagem outras parcerias, como o personagem da Lília, que não existia na versão original", disse. "O Zico não teria essa trajetória romântica que ele tem agora. Ele traz o universo do dias, mas recriado, reinventado, mais rico e complexo."

"Saramandaia" estreia no dia 24 de junho, às 23h, logo após "Amor à Vida".

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