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Música

Crítico ao reggaeton, Alejandro Sanz prepara álbum e faz dueto com Camila Cabello

'Antes de escrever uma letra, é necessário ler ao menos um livro'

Alejandro Sanz recebe Grammy de Personalidade do Ano em 2017
Alejandro Sanz recebe Grammy de Personalidade do Ano em 2017 - Chris Pizzello/Invision/AP
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São Paulo

Prestes a completar 50 anos, Alejandro Sanz afirma que o próximo álbum, "El Disco", é uma síntese de diferentes períodos de sua carreira, que perpassa os ritmos de sua origem cubana e italiana, além do flamenco e pop latino. 

Uma das novidades de seu novo projeto é um dueto com a cantora norte-americana de origem cubana Camila Cabello. O cantor não deu detalhes sobre a parceira, mas comentou que ficou surpreso ao ser abordada pela artista, que mencionou que as canções dele fizeram parte de sua infância. 

Seu 11° álbum tem previsão de lançamento para 2019,  mas seu primeiro single, "No Tengo Nada", foi divulgado no final de novembro. A canção, que propõe a valorização das relações pessoais, liderou o ranking de mais ouvidas no iTunes em dez países e o clipe foi reproduzido mais de 16 milhões de vezes no YouTube.

“Queria que essa música fosse a primeira [a ser lançada] para que as pessoas que gostavam de mim lá atrás se identificassem novamente", disse o cantor em entrevista à imprensa nesta quinta (6). "É clássica, mas soa moderna.”

Durante a entrevista na tarde desta quinta (6), em São Paulo, Sanz comentou que precisaria de sete vidas para aprender a tocar e cantar todos os estilos dos quais gosta. "Mas não vou fazer reggaeton", diz, em tom de brincadeira, uma exceção ao seu ecletismo. 

"Antes de escrever uma letra, é necessário ler ao menos um livro", afirma, criticando a qualidade lírica das faixas embaladas pela mistura de reggae e ritmos latinos. "Não imagino uma pessoa de 60 anos fazendo reggaeton." 

Ele se diz particularmente comovido pela música africana com a qual teve contato durante uma viagem ao Zimbabué com os Médicos Sem Fronteiras.  "Aquelas crianças tinham todas as carências do mundo, mas também tinham a música. [...] Tive essa sorte", disse o cantor.  

Sanz já anunciou as quatro primeiras datas da turnê do novo álbum, todas em estádios na Espanha. Os ingressos para duas das ocasiões se esgotaram em um único dia. Diferentemente da turnê do último álbum, "Sirope" (2015), a expectativa é que o giro do novo trabalho inclua o Brasil.

Conhecido por sucessos como "Corazón Partío", canção da trilha da novela "Torre de Babel" (1998-1999, Globo), Alejandro Sanz aproveitou a passagem pelo país e participou do especial de fim de ano de Roberto Carlos. 

Com o rei, cantou "Esa Mujer", sobre um amigo que consola o outro que perdeu sua mulher e não quer esquecê-la. "Agora posso estar na casa dos brasileiros no Natal", brincou o cantor. 

Ele também é um dos convidados de Ivete Sangalo para gravação do DVD da cantora no Allianz Parque no próximo sábado (8), em São Paulo, em comemoração a seus 25 anos de carreira dela. Juntos, farão um dueto ao som de "Quisiera Ser", do espanhol. Os artistas se conheceram durante o Rock in Rio Lisboa e, desde então, já cantaram em outras ocasiões, como no Maracanã, em 2006.

“Eu me sinto como um garoto que vai ao colégio levado pela mãe: Feliz. De que outra maneira melhor chegaria às pessoas?”, diz Sanz sobre as parcerias. "Essa cumplicidade que existe com eles já tem muito tempo e é sempre um prazer. Os astros se alinharam para que eu estivesse aqui durante a gravação de Roberto e o show de Ivete. São coincidências raras na vida, alguém quis que isso acontecesse.” ​

O novo álbum vem um ano depois de o cantor completar 25 anos de carreira –20 desde o lançamento de "Más", o disco mais vendido na história da música espanhola. Pela sua carreira, Sanz  foi homenageado com um Grammy de personalidade de 2018. O prêmio se soma a outros três Grammys e 20 da premiação latina.

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