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Marca de lingerie causa polêmica ao usar mulheres do meio tecnológico em campanha

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A marca de lingerie Dear Kate apostou em modelos mais "reais" na campanha de sua nova coleção e usou mulheres que trabalham no meio tecnológico para posar de calcinha e sutiã.

A empresa já é conhecida por usar modelos não tradicionais como atletas, dançarinas e blogueiras.

A campanha não agradou grupos feministas que defendem que as fotos podem comprometer a luta para as mulheres serem levadas a sério em uma marcada por diversas acusações de misoginia.

Chamada de "coleção Ada" —em homenagem a primeira programadora mulher Ada Lovelace—, a campanha foi fotografada no escritório do site de moda Refinery29, em Nova York, e mostra fundadoras e CEOs de empresas de tecnologia usando calcinhas e sutiãs.

Os defensores dizem que a campanha está ajudando a reforçar a ideia do "girl power" —como a Dove já faz em suas campanhas pela "beleza real".


A polêmica chegou até a revista "Time" que chamou de "bizarro" o resultado das fotos de mulheres em um escritório vestindo apenas calcinha rendada ao lado de mensagens que as incentiva a se destacarem na profissão.

"Acho que a maioria das fotos tradicionais de lingerie retratam as mulheres como simplesmente sendo sexy. Eles não estão sempre na posição de poder e controle. Em nossas fotos nós retratamos mulheres que são ativas e ambiciosas. Elas não ficam paradas esperando que as coisas aconteçam", disse a fundadora da Dear Kate, Julie Sygiel, à publicação.

A marca não se esquivou na polêmica e perguntou em sua página no Facebook se as pessoas concordavam com revista.

As opiniões ficaram divididas. "Como a companhia vende lingerie, é bom que eles rejeitem as imagens sexualizadas que geralmente são usadas. É ótimo mostrar mulheres reais e as descrevendo como indivíduos que são bons modelos. No entanto, vendo essas mulheres em posições de poder de calcinha (mesmo não mostrando muito mais que o equivalente a um biquíni) me deixa um pouco desconfortável. Eu não acho que os homens em cargos de liderança seriam colocados em anúncios de cuecas, e é isso que me incomoda", declarou uma internauta.

Outra pessoa defendeu a marca e disse que ninguém está "sendo tratado como objeto" e que "se as pessoas estão sugerindo que essas mulheres não irão encontrar emprego ou não serão contratadas por participarem dessa campanha, há um problema social maior". "Todos nós temos corpos e todos nós (geralmente) usamos calcinha. Vai Dear Kate".

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