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Cresce delivery de cervejas na madrugada

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Um novo e disputado mercado criou uma corrida lata a lata nas madrugadas. Pequenas empresas buscam se destacar oferecendo serviço que dizem ser salvador: entrega de cervejas na madrugada.

A sobrevivência no setor não é simples, diz Ricardo Moraes, 26, sócio da empresa Ziper, com duas unidades no Estado do Rio de Janeiro.

Segundo ele, das cerca de 15 empresas que surgiram no Estado nos últimos dois anos, menos de cinco continuam abertas. A dificuldade é que nesse mercado as margens de lucro por produto são pequenas. Para que o negócio valha as horas acordado, é preciso ter um grande volume de vendas.

Segundo Daniel Franco, 28, sócio da Saidera Brasil, que atua em São Paulo, é fácil iniciar um negócio no setor, mas o retorno demora a chegar e muitas empresas não sobrevivem.

"Não existem grandes barreiras de entrada. Basta ter um site, comprar uma geladeira e ter um motoboy."

Para aumentar as vendas, as empresas vêm incluindo mais itens no cardápio, como comidas pré-preparadas, chá para ressaca, abridores de latas e até preservativos.

Franco também estendeu o horário de atendimento do serviço, que passou a funcionar de segunda a segunda e a atender também de dia. O objetivo é não perder clientes para a concorrência.

SUPERMARKETING

A Breja Boy, também de São Paulo, levou a missão de salvar a noite ao uniforme: empresários e entregadores sobem nas motos vestidos com capa e roupa de super-herói.

Adriano Lima, 31, conta que a ideia de investir na madrugada surgiu em uma noite bebendo com amigos. Quando acabou a bebida, ninguém queria buscar mais, inclusive porque poderiam ser multados por dirigir após beber.

"Quem poderia salvar nossa noite? No meio da conversa pensamos que seria legal ter uma loja que entregasse na madrugada."

Adriano diz que, após analisar o mercado, viu que já existiam outros serviços de entrega de bebida, porém ainda não se aproveitava bem a ideia de salvar a noite. "Os uniformes surgiram como opção à falta de recurso inicial para investimento em marketing."

No começo, Adriano entregava as bebidas com sua mulher, a "breja girl" Denise Galvão Lima, 35. Ele diz que no começo eram poucos os pedidos e que passava mais tempo jogando videogame do que entregando bebida.

Dois anos depois, porém, ele diz receber cerca de 200 pedidos por semana. A empresa trabalha com oito entregadores. Nem todos, porém, "vestem a camisa" da Breja Boy, o que ele respeita: "Trabalhamos em uma linha muito tênue entre o engraçado e o ridículo".

Agora, a empresa está executando um plano de licenciamento, que começou com a abertura de duas novas unidades, uma no Morumbi (zona oeste) e outra em São Bernardo, na Grande São Paulo (a primeira fica na Vila Mariana). O plano é chegar a dez unidades no ano que vem.

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