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Mexicanos festejam profecia com 4 dias de "rave do fim do mundo"

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Começa amanhã e termina apenas no próximo domingo, dia 23, o Synthesis Festival, em Chichén Itzá. Serão quatro dias de música e arte em meio às ruínas arqueológicos dessa antiga cidade maia. O festival vem sendo chamado de "rave do fim do mundo". Ele celebra e brinca com a profecia imaginária que "diz" que o mundo vai acabar na passagem de quinta (20) para sexta-feira.

A profecia vem de anos de confusão em relação a um antigo calendário maia, encontrado e dissecado por supostos especialistas. Eles apontam que, como a data final do calendário é 21/12/2012, esse será o último dia da humanidade.

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O engano é tão grande como se alguém achasse hoje um calendário de 2012 e achasse que o mundo vai acabar no próximo dia 31, porque ele não inclui o ano de 2013. Mas os mexicanos não se importam com isso: querem se divertir e, principalmente, lucrar. Além do festival há loterias, apresentações, propagandas e muito comercio turístico por causa da tal "profecia".


A cidade de Chicén Itzá fica a cerca de duas horas e meia de Cancun, e abriu espaço para abrigar até um camping com capacidade para estimadas 2.000 barracas. Haverá shows, palestras, brincadeiras, dança e muita música antiga e moderna, com ênfase nos artistas "eletrônicos".

O festival promete acordar até os feiticeiros maias mortos e enterrados na região. O governo mexicano colabora com um imenso aparato de segurança, que protegerá não só o festival, mas já atua em todas as principais praias mexicanas.

Militares das três forças exibem um soberbo aparelhamento, inclusive armas de uso apenas em grandes conflitos. A ideia é que tal exibição iniba qualquer ideia de gangues de traficantes de criar alguma má surpresa no país, que, devido ao frenesi do "fim do mundo", atraiu quase 70 milhões de turistas nos últimos 18 meses --apenas nas cidades que abrigaram os maias.

O povo maia viveu no que é chamada hoje de Península do Yucatán e chegou até a Guatemala. Seu declínio dramático acelerou cerca de 300 anos antes da chegada dos conquistadores espanhóis, mas já haviam sido dominados, séculos antes, por outros povos pré-colombianos, como os toltecas.

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