HUMOR: De olho em 2014, Pai Geraldo abre tendinha

Em um gesto desesperado para fazer sua popularidade subir, o governador Sérgio Cabral anunciou que todas as UPPs do Rio terão seu nome mudado para Unidades de Polícia PaSSificadas.

Com isso, Cabral espera não gastar nenhum tostão para treinar os policiais militares, uma vez que eles já são passivos diante da violência há muito tempo. E como a sigla permanece a mesma, não será necessário gastar para trocar as placas, banners e todo o caríssimo aparato de propaganda das UPPs.

A medida, no entanto, desagradou a base aliada de Cabral na Câmara dos Vereadores e na Assembleia Legislativa, que já há algum tempo reivindicava a sigla. "UPP somos nós, uma verdadeira unidade de políticos passificados", desabafou um aliado.

A turma dos descontentes promete levar a briga até o Supremo Tribunal Federal se for necessário. "Estamos recolhendo as provas, são muitas. A principal delas é o vereador Chiquinho Brazão, que colocamos na presidência da CPI dos Ônibus." O mesmo Chiquinho Brazão que, em 2008, teve o nome citado no relatório final da CPI que investigou a atuação das milícias no Rio.

Enquanto Sérgio Cabral aposta em velhas táticas para viagrar sua popularidade, em São Paulo, Geraldo Alckmin abriu uma tendinha para trazer de volta a verba roubada por anos e anos de cartéis de superfaturamento do transporte.

Em entrevista ao "Pequenas Empresas Grandes Negócios", Pai Geraldo disse que a expectativa é que o empreendimento cresça e dê origem a franquias, que serão transformadas em comitês de campanha para 2014. No entanto, ao ser desafiado por um repórter a fazer nascer cabelo em sua careca para demonstrar seus verdadeiros poderes, Pai Geraldo desconversou.

Agora, é acompanhar os próximos dias para ver se a população do Rio engole o casamento de Cabral com Chiquinho Brazão na CPI dos ônibus e o finge-que-é-divórcio de Alckmin com a Siemens.

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DIEGO REBOUÇAS, 30, é roteirista, jornalista e autor do livro "Travessia", publicado pela Livros Ilimitados e bloga no Câmera de Vigilância. Jura por Deus que é ateu e vive fazendo mandinga no Facebook.