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Alfaiataria leve e larga é aposta da Cotton Project

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Há quatro temporadas integrando o line-up da SPFW, a marca Cotton Project parece ter achado seu caminho. Com uma clientela jovem, skatista e surfista, a marca de Rafael Varandas e Acácio Mendes acertou ao arriscar uma alfaiataria leve e alargada para esta estação.

Com o tema do pessimismo que assola esta geração e o misticismo que nos salva dele, a marca paulistana apresentou suas camisetas gráficas com referências aos astros e suas jaquetas esportivas em versões em jacquards imitando tapetes persas.

"Nossa geração é a que vive com menos guerra e nós continuamos infelizes, ansiosos, inquietos", diz Varandas. Os motivos, segundo o estilista, podem ser vistos sob duas óticas que norteiam a coleção.

A primeira é que a geração passada, mais velha, não passou pela revolução da internet e, assim, consegue viver mais tranquilamente. Na prática, o primeiro bloco é repleto de looks com cara de "velhinhos" como calças alargadas, camisas com ombros desabados, suéteres coloridos e listras em tons terrosos.

A segunda ótica é a de que essa geração, superligada no misticismo, acaba arranjando desculpas nos astros para tudo. Por isso as brincadeiras com o retorno de Saturno nas camisetas e a frase "blame it on the moon" (culpe a lua, em tradução livre) que decoram as costas de uma jaqueta bomber preta de cetim.

Outro aspecto importante, e que diz muito sobre a geração dos meninos frente à marca, é a preocupação com a sustentabilidade. Em parceria com a Rhodia, a Cotton Project criou um náilon biodegradável que leva apenas três anos para se decompor (para efeitos de comparação, o normal leva até 50 anos). O tecido aparece em uma jaqueta e em shorts curtos coloridos.

Novidade para a marca, a cartela de cores é mais ampla, com tons de menta, rosa, laranja, damasco e azul claro. "É a primeira vez que nós estamos explorando mais a modelagem, indo um pouco além", diz o estilista Acácio Mendes. "Temos que ver como nosso cliente reage a isso", completa.



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