Tony Goes

Taylor Swift, a princesinha encrenqueira do pop

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Na entrega dos Video Music Awards de 2009, a então novata Taylor Swift ganhou um prêmio improvável: melhor vídeo feminino do ano por “You Belong with Me”, desbancando a favoritaça Beyoncé e seu já clássico “Single Ladies”.

Muita gente não gostou do resultado, e Kanye West resolveu fazer justiça com as próprias mãos.

Invadiu o palco e interrompeu o discurso de agradecimento de Taylor, para dizer que a mulher de seu compadre Jay-Z era quem realmente merecia o troféu.

Merecia mesmo, mas claro que Kanye foi massacrado por esse gesto grosseiro. Taylor não tinha nem 20 anos na época, e tanto o público quanto a mídia ficaram do lado da jovem cantora.

O episódio gerou muita controvérsia, mas não prejudicou a carreira de nenhum dos envolvidos. Ambos seguiram lançando discos de enorme sucesso, faturando Grammys e milhões de dólares.

O rapper já tinha fama de “bad boy”. Conhecido por seu ego gigantesco e sua mania de tuitar em LETRAS MAIÚSCULAS, Kanye West só não foi descartado como um chato de galochas por duas razões: sua música é realmente inovadora, e sua esposa é Kim Kardashian, a imperatriz das subcelebridades.

Mas Taylor Swift, com sua carinha de anjo, também se meteu em inúmeras confusões. As primeiras foram causadas pela longa lista de ex-namorados: Taylor Lautner, Jake Gylenhaal, Harry Styles, John Mayer, Eddie Redmayne... Quase todos renderam canções.

Até aí, tudo bem. Taylor é solteira, adulta, vacinada, não deve nada a ninguém e pode sair com quem quiser. Claro que não é muito delicado expor a intimidade dos rapazes nas paradas de sucessos, mas quem namora uma artista deve saber que poderá servir de matéria-prima para ela.

Mais grave foi o desentendimento com Katy Perry. Consta que Taylor contratou para sua turnê três bailarinos da trupe da intérprete de “Rise”, tema da NBC para a Rio-2016. Quando esta montou um novo show, chamou os rapazes de volta —antes do contrato deles com a nova patroa terminar. Bafão!

Seguiu-se uma guerra na redes sociais que culminou com o belicoso vídeo “Bad Blood”, onde Taylor Swift é coadjuvada por sua lendária trupe de amigas superpoderosas: Jessica Alba, Cara Delevigne, Lena Dunham, Ellie Goulding e muitas outras, todas pagando tributo à nova princesinha do pop.

Há poucos dias, Taylor envolveu-se numa escaramuça com seu mais recente ex, o DJ e produtor Calvin Harris. Alguém vazou que ela é co-autora de “This is What You Came For”, o novo hit do cara (com vocais de Rihanna). Mas era para ser segredo, e os dois foram ao Twitter para trocar acusações.

Esta semana, novo bafafá. Taylor Swift foi desmascarada —ou não— por um vídeo gravado por Kim Kardashian, onde Kanye West aparece falando com a rival por telefone e recebendo autorização para citá-la em seu polêmico single “ Famous”.Mas Taylor respondeu que não sabia que ele iria chamá-la de “bitch” (vagabunda, em tradução livre). Afinal, quem tem razão?

Provavelmente, ninguém. Kanye West tem um vasto currículo de barraqueiro, e o público até que acha uma certa graça. Mas Taylor Swift, tão meiga, tão lindinha, consegue ser ainda mais polêmica. Não se meta com a moça: ela é capaz de fazer um clipe detonando você.

Tony Goes

Tony Goes (1960-2024) nasceu no Rio de Janeiro, mas viveu em São Paulo desde pequeno. Escreveu para várias séries de humor e programas de variedades, além de alguns longas-metragens. Ele também atualizava diariamente o blog que levava seu nome: tonygoes.com.br.

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