Tudo na vida passa, até a 'Grande Família'
É isso aí. Acabou. Tudo acaba, até "A Grande Família" (Globo). Novela vinha, novela ia, e "A Grande Família" lá. Quando estreou em março de 2001, Marco Nanini ainda não tinha o cabelo todo branco e, antes dela, passava "Porto dos Milagres" - a novela do Guma, de quem ninguém mais se lembra.
Esse último episódio foi primoroso, emocionou sem deixar de fazer rir. A Globo mal disfarça a saudade que vai sentir de um de seus programas de maior audiência - e aproveitou pra testar Tony Ramos, Glória Pires, Lázaro Ramos, Deborah Secco e Alexandre Borges para uma possível nova formação. Desistam, o público não vai aceitar. Glória Pires é diva, mas Dona Nenê será sempre Marieta Severo.
Reencontro de Nenê e Marilda marca episódio final de 'A Grande Família' e emociona internautas
Outro acerto desse último episódio: todos tiveram seus momentos de brilho, mas quem brilha de verdade, hoje e ao longo dos 13 anos, é Agostinho Carrara. O brasileiro malandro por excelência. Ah Agostinho, que saudade vamos ter da sua calça xadrez combinando com a camisa mais xadrez ainda.
Com "A Grande Família", a nossa classe média cada vez maior tinha um espelho garantido toda quinta. E agora, onde ela vai se ver?
Se o final da "Grande Família" tem um lado bom, é o de liberar tantos talentos para novos trabalhos. Nanini, Marieta e Pedro Cardoso têm tanto a oferecer, ficaram tempo demais nos mesmos papéis. Agora voltem um pouquinho pras novelas, que elas andam precisando do brilho de vocês. (OK, o Evandro Mesquita é melhor aposentar agora, no auge...).
PS1: Para se despedir da "Grande Família", tudo perdoamos. Até a overdose absoluta de Tony Ramos, na "Grande Família", no "Rebu" e ainda empurrando a carne da Friboi nos intervalos.
PS2: Na próxima quinta, tinha que voltar o constrangimento do "The Voice Brasil"? E tinha que incluir a Fátima Bernardes nesse episódio tão especial, só pra insistir em vender essa chata como a apresentadora da família brasileira?
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