Renato Kramer

'O roteirista é muito poderoso', afirma Fábio Porchat sobre novo filme

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"Você é o punheteiro mais genial que eu já vi na minha vida!", exclama o comediante Fábio Porchat para o ator Felipe Abib em cena do "Vai Que Dá Certo 2" (Maurício Farias). A repórter Carol Scaff entrevistou os atores do filme para o "Programa Amaury Jr." (RedeTV!) da última quarta-feira (16).

Nesta sequência, Porchat também participa do roteiro: "É muito bacana poder escrever, é uma coisa que eu gosto muito. É muito mágico, de repente uma coisa que tá só na sua cabeça vira um negócio. Você pensa: esse cara podia ser assim. Depois você olha na tela e diz: caramba ele foi assim porque eu tive essa ideia! O roteirista é muito poderoso —você tem o poder de criar e contar a história", declara Porchat.


E acrescenta: "Ainda mais escrever pra essa gente, essa gente 'mau caráter' desse elenco! Eles são amigos, e você já escreve pensando em como eles vão fazer essa palhaçada", comenta com humor o ator se referindo, entre outros, aos colegas Danton Mello, Lúcio Mauro Filho, Natália Lage, Verônica Debom e à participação muito especial do grande Lúcio Mauro —além do já citado Felipe Abib.

"Agora no "Vai Que Dá Certo 2" nós temos um vilão mesmo, clássico", conta Lúcio Mauro Filho. "Ele é interpretado magistralmente pelo Vladimir Brichta. Isso foi bom porque permitiu que eu tirasse um pouco da tensão do meu personagem e ficasse mais pateta", diz o ator.

"O meu personagem tem uma função dramática de ser o contraponto dessa história cômica, divertida. Ele tem que ser verdadeiramente perigoso e ameaçador para que todo aquele temor dele se justifique", declara Brichta.

Carol quis saber como foi para as atrizes Lage e Debom trabalhar no meio daquela rapaziada bagunceira. "Ah, inveja, né? A gente alfinetava, sabotava", brinca Verônica. "A gente zoou muito", confirma Natália. A repórter salienta o sotaque forte usado pela atriz no filme. "Pra mim isso é um elogio, porque eu sou muito fã de sotaque", agradece Lage. "Eu acho que tudo que é diferente é bacana e agrega", conclui.

Porchat conta que a brincadeira rolava solta durante as filmagens: "A gente fazia palhaçada o tempo todo. Não só na cena mas for a de cena. Numa cena com o Danton (Mello) que o carro tá afundando e ele tem que ficar desmaiado, eu ficava falando no ouvido dele: a gente vai morrer, meu Deus! E ele ria e a gente tava no meio de um acidente, não podia ficar rindo —mas ele ria, eu também".

"No oitavo take dessa cena o Maurício pediu: Danton por favor, segura dois segundos que eu corto! O Porchat acabando o texto dele, seja lá o que ele disser, conta dois e aí pode rir que eu corto", lembrou Danton Mello.

"Vai Que Dá Certo 2", que tem sua estreia nacional anunciada para o próximo dia 7 de janeiro, foi rodado em seis semanas. "Foi rápido, mas o primeiro foi ainda mais rápido: foram 5 semanas", comenta o diretor Maurício Farias. "O primeiro fez muito sucesso, tivemos dois milhões e oitocentos mil espectadores —o que é bastante, aí a gente apostou mais nesse segundo, pode apostar mais e ter mais conforto.

"Vamos firme para os seis milhões de espectadores, eu tenho certeza de que o Amaury Jr. é um pé de coelho pra gente!", concluiu Lúcio Mauro Filho.

Renato Kramer

Natural de Porto Alegre, Renato Kramer formou-se em Estudos Sociais pela PUC/RS. Começou a fazer teatro ainda no sul. Em São Paulo, formou-se como ator na Escola de Arte Dramática (USP). Escreveu, dirigiu e atuou em diversos espetáculos teatrais. Já assinou a coluna "Antena", na "Contigo!", e fez críticas teatrais para o "Jornal da Tarde" e para a rádio Eldorado AM. Na Folha, colaborou com a "Ilustrada" antes de se tornar colunista do site "F5"

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