Renato Kramer

Lília Cabral diz que nascimento da filha lhe fez uma 'plástica interna'

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A atriz Lília Cabral esteve no "Superbonita" (GNT) desta semana e, como é mesmo do seu feitio, teve um "papo reto" com a apresentadora superbonita Ivete Sangalo.

Lília contou que, quando nasceu, sua mãe já tinha 40 anos —o que "para a época, ao invés de ser um nascimento, era um luto", diz ela. Já quando a sua filha Giulia veio ao mundo, Lília estava com quase a mesma idade, 39 —mas já eram outros tempos.

A atriz declarou que o nascimento da sua filha lhe causou algo como uma "plástica interna". "[Mudaram] os meus sentimentos, os meus pensamentos, o meu olhar para a vida. As minhas expectativas eram todas, o horizonte para mim era pouco", declarou.

Ao completar 50 anos, surgiu a oportunidade de realizar um dos personagens mais importantes da sua carreira: Marta, a vilã de "Páginas da Vida" (Globo, 2006-2007), com a qual recebeu o Prêmio APCA e o Troféu Imprensa como melhor atriz e foi indicada ao Emmy Internacional.


"Foi aí que começaram a observar que eu não era só atriz de personagens leves", comentou. Mais tarde veio então a sua primeira protagonista: a Griselda de "Fina Estampa" (Globo, 2011-2012), que ficou mais conhecida como "Pereirão".

"Aí era um tal das pessoas me perguntarem como era ser protagonista aos 50 anos. Como se eu tivesse levado a minha vida inteira para ser uma protagonista. Tudo o que eu faço é como se eu fosse uma protagonista. Eu sou protagonista daquela cena, daquela cena no teatro, da minha vida", esclareceu Lília.

A atriz comentou sobre o grande afluxo de jovens atores e confessou perceber nitidamente quem vai florescer e quem não vai. O que não significa necessariamente que se tenha mais experiência do que eles. Muitas vezes esses jovens atores apontam caminhos que você, mesmo mais experiente, nunca experimentou. "Ter 50 anos também não significa que já exista uma sabedoria", concluiu a atriz.

Ivete observou então que, em todas as novelas que assistiu com Lília, não percebeu nela a passagem do tempo. Lília exultou soltando faíscas com seus grandes olhos azuis e comemorou: "Ainda bem que isso está sendo gravado para depois eu mostrar para as pessoas, porque eu vejo diferença!".

E contou seus truques de beleza: "Até um tempo atrás eu fazia só manutenção mesmo: lavava bem o rosto, nunca dormi de maquiagem e sempre passava um prime para fazer a pele. Eu não uso base, nunca usei na televisão, nas novelas". Ivete se espantou: "Jura?". E Lília explicou que, com o advento do HD, menos é mais. Quanto mais maquiagem a pessoa põe, dependendo da luz, num momento você fica deslumbrante. Se você sai daquela luz, pode ficar nada bem. "Vira um monstro!", retrucou a apresentadora.

Quanto aos procedimentos estéticos mais modernos, Lília confessou que, muito recentemente, começou com o laser —mas sempre pede para o médico: "Não quero nada que doa!". No rosto, sempre muito protetor solar, mas no corpo nada muito significativo. E mandou um recado para o marido: "As gordurinhas vão ficar, Ivan!". Mas ela enfrenta as suas boas aulas de Pilates.

Quanto ao botox? Lília titubeou e respondeu que não vai afirmar que dessa água não beberá. Declara que tem muitos colegas que fizeram e fazem —para uns fica excelente, para outros nem tanto. Mas confessou não se sentir atraída por esse procedimento porque causa dor.

"Da forma como eu vou envelhecendo, eu acho que meus personagens também vão comigo", arrematou a excelente atriz Lília Cabral que dá como exemplo de mulheres lindas dessa faixa etária as atrizes Patrícia Pillar e Glória Pires. Se ela um dia vai assumir os cabelos brancos? "Não, acho que não vou por esse caminho. A minha mãe era tão bonita e os cabelos brancos pesavam", disse.

O que é uma mulher "superbonita" para Lília Cabral? "Uma mulher simples". "Simples assim", encerrou Ivete.

Renato Kramer

Natural de Porto Alegre, Renato Kramer formou-se em Estudos Sociais pela PUC/RS. Começou a fazer teatro ainda no sul. Em São Paulo, formou-se como ator na Escola de Arte Dramática (USP). Escreveu, dirigiu e atuou em diversos espetáculos teatrais. Já assinou a coluna "Antena", na "Contigo!", e fez críticas teatrais para o "Jornal da Tarde" e para a rádio Eldorado AM. Na Folha, colaborou com a "Ilustrada" antes de se tornar colunista do site "F5"

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