Renato Kramer

Betty Faria já mandou bolo de cocô de cachorro para se vingar de diretor

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

"É que o Ministério Público queria que eu saísse do armário!", ironizou a atriz Betty Faria no "Marília Gabriela Entrevista" (GNT) da última terça-feira (16).

A jornalista comentou com a atriz que fora processada tempos atrás. "O Ministério Público me processou por alguma queixa que foi aceita", conta Gabi. "Eu nunca soube disso!", exclama Betty. "Não é incrível?!", observa a apresentadora.

E conta mais: "Aí eu fui até lá com meu advogado, me sentei e falei: olha, é simples. É só ler um pouquinho para trás, uma linha antes, para ver que ela está falando que agora ela parou de fazer psicanálise com homem e está fazendo com uma mulher". Foi quando Betty saiu com essa pérola: "É que o Ministério Público queria que eu saísse do armário!".


E a conversa rolou solta durante toda a entrevista. Toda a discrição que Betty Faria demonstrou recentemente no "Programa do Jô" (Globo) foi por água abaixo. Com Gabi, Betty literalmente chutou o pau da barraca!

"Você continua rebelde?", perguntou Gabi repentinamente. "Continuo", respondeu a atriz sem pestanejar. Betty confessa não acreditar em nada dessa ansiedade atual pelo número de seguidores, quantidade de curtidas e a badalação exacerbada das ditas "celebridades", mas confessa ser 'tuiteira'.

"Só não ando escrevendo porque tudo o que eu escrevo eu apanho!", queixa-se. "Por exemplo?", pede Gabi. "Opiniões minhas políticas, de vida, de aborto. As mulheres que enxergam um pouco além, fora de qualquer crença religiosa —as mulheres querem reivindicar, querem falar e nós andamos para trás! Nós estamos completamente caretas, não podemos falar nada, porque senão é uma enxurrada de porradas que você leva na internet!", desabafa Betty.

Sobre a polêmica "esdrúxula", segundo a apresentadora, em cima do beijo das personagens de Fernanda Montenegro e Nathália Timberg em "Babilônia" (Globo), Gabi relembra que o fotógrafo Antônio Guerreiro postou para rebater essa onda uma foto sua de 1971, na qual Betty Faria dava um beijo na boca da também atriz Leila Diniz —e que na época todo mundo aplaudiu e achou lindo.

"Mas nós éramos jovens lindas!", corta Betty. "É isso então?", retruca Gabi. "É isso. Você duvida?", replica Faria convicta. "Não, eu não duvido. Para falar a verdade, eu não duvido, mas eu preferia que você falasse a respeito", cutucou a jornalista.

"Eu tenho certeza!", confirma Betty. "Dizem: ah, é preconceito! Não, é além do preconceito. Porque se as pessoas não aguentam ver um casal hétero de idade se beijando! As pessoas não aguentam ver os velhos se beijando", escancara a atriz do alto dos seus 74 anos. "Se fossem duas moças, gatas, gostosas ali —os homens iam morrer de tesão e iam adorar, não ia ter essa história toda. Agora, são duas mulheres na terceiríssima idade, então as pessoas se voltaram contra".

Mas o melhor ainda estava por vir. Betty confessou ter planejado durante dois meses uma vingança em relação a um diretor de televisão que a prejudicara seriamente: enviar para a sua casa no dia do seu aniversário um bolo recheado com cocô de cachorro. "Acabou que no astral eu mandei mesmo!", afirmou.

Renato Kramer

Natural de Porto Alegre, Renato Kramer formou-se em Estudos Sociais pela PUC/RS. Começou a fazer teatro ainda no sul. Em São Paulo, formou-se como ator na Escola de Arte Dramática (USP). Escreveu, dirigiu e atuou em diversos espetáculos teatrais. Já assinou a coluna "Antena", na "Contigo!", e fez críticas teatrais para o "Jornal da Tarde" e para a rádio Eldorado AM. Na Folha, colaborou com a "Ilustrada" antes de se tornar colunista do site "F5"

Final do conteúdo
  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Comentários

Ver todos os comentários Comentar esta reportagem

Últimas Notícias