Renato Kramer

'Eu bem que gostaria de estar de noiva de novo', confessa Claudia Raia

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"Você é a ostentação em si da natureza: alta, exuberante!", disse a apresentadora Lilian Pacce para a atriz Claudia Raia, sua convidada especial do GNT Fashion.

"É tudo muito, né?", concordou Claudia, ao receber Lilian em sua casa.

"Como essa tua natureza influencia o teu estilo?", quis saber a apresentadora.

"Foi uma briga, porque eu sempre fui tudo muito. Eu cresci e teve uma hora que os meus braços eram maiores do que eu mesma", comentou a atriz, com bom humor. "Então eu parecia um orangotango na adolescência, uma coisa enorme. Mas imediatamente vieram os anos 80 para piorar muito a minha vida", relatou.

E acrescentou: "Potencializou uma Claudia Raia que já era um exagero, com mais brinco, mais cabelo, mais ombreira, com mais cores e aí ficou quase insuportável. Tem uma frase do Miguel Falabella que é maravilhosa: a Claudia Raia não se veste, ela usa traje típico". Ambas riram muito.

"Quer me contar do chip?". "Chip da alegria, amor. Isso é uma coisa que veio em mim", retrucou. "Eu sou uma pessoa entusiasmada. Aí eu descobri que 'enthusiasmus' em latim quer dizer 'cheia de Deus'. E é exatamente o que eu sou".

"E é todo dia assim, Claudia?", perguntou Pacce. "Menina, o pior que é. É, tipo, insuportável! Às vezes eu falo: 'Meu Deus, onde é que eu vou com essa alegria toda que nem eu estou aguentando?", confessou.


Sobre religião: "Eu acredito na espiritualidade, seja de qualquer religião. Eu adoro candomblé, eu adoro a igreja messiânica, inclusive o Jarbas [Homem de Mello, em cartaz em São Paulo com "Chaplin, o Musical", produção da atriz], meu marido, é messiânico...".

"Você chegou a se casar de noiva e tudo com ele?", questionou Lilian. "Ele disse que não sobrou nada para ele. Eu casei na Igreja Católica [com Alexandre Frota], depois casei no budismo [com Edson Celulari]. Agora só se for no candomblé", brincou a atriz. "Mas eu estou tão casada com ele que não precisa desses formatos, dessas cerimônias...". "Não precisa de um vestido de noiva?", cutucou a apresentadora.

Claudia titubeou: "É... eu gosto sempre de um vestido, né? Eu sou muito agarrada num vestido...". "Vai perder essa chance?", insistiu Lilian. "Eu não perdi ainda, isso pode mudar a qualquer momento. Eu bem que gostaria de estar de noiva de novo. Porque é legal, não é? Noiva é incrível", declarou Claudia.

E concluiu: "Talvez... você me deu uma ideia. Eu achei que não precisasse, mas o vestido já me leva a outro lugar".

Quanto á sua condição de estrela, a atriz ponderou: "Essa coisa diva, estrela de musical. Tem essas pessoas que a gente ama, como a Cher, a Liza Minelli, são essas mulheres que você fala: 'Meu Deus, incrível, lá vem elas!' Eu acho que no Brasil eu represento, em muito menor escala, essa mulher". "Total!", concordou Lilian.

Raia ofereceu um cafezinho para a estilista e aproveitou para apresentar-lhe os seus três gatinhos. "Eu tenho dois", confidenciou a apresentadora.

Em seguida, deu a sua opinião sobre a ostentação: "Eu não acredito nesse personagem diva, não acredito. Eu acho que só dá certo isso porque eu sou uma comediante. É mais natural do que pode parecer. Eu gosto de me vestir, eu gosto de roupa, eu gosto de me arrumar. Mas eu gosto para mim, não é porque eu vou aparecer, porque eu vou para o aeroporto e tem paparazzo. Não, é porque eu sou assim, me visto assim", argumentou.

Sobre as suas preferências, a atriz confessou: "Eu gosto de uma boa bolsa. eu gosto de écharpe. Sou agarrada numa écharpe. Uso panos incríveis enrolados no pescoço. Eu gosto de acessório, de casaco...". Sobre continuar ou não usando saias curtas e decotes profundos, Claudia refletiu: "Eu acho que tudo tem um limite nessa vida".

E continuou: "Acho que estou super bem aos 48 anos, mas eu não vou usar e nem me expor mais como eu fazia quando tinha 21. Por exemplo, saia muito curta. Eu sou uma pessoa de pernão, então isso já é quase agressivo". "Quantos metros de perna?". "Um metro e dez centímetros". Lilian se espantou.

"Eu tenho pouco peito, muita bunda e perna. Eu ainda sou uma das únicas que resistiu ao silicone. Não tenho nada feito, só o nariz. Aquele nariz era uma berinjela que alguém botou em mim e saiu correndo. E levaram o meu nariz sei lá para onde. Eu fui buscar, porque eu sou uma capricorniana e sou uma cabra. Eu fui atrás e peguei o meu nariz de volta pra mim", brincou a atriz, muito bem humorada, elegante e mostrando-se uma excelente anfitriã.

Renato Kramer

Natural de Porto Alegre, Renato Kramer formou-se em Estudos Sociais pela PUC/RS. Começou a fazer teatro ainda no sul. Em São Paulo, formou-se como ator na Escola de Arte Dramática (USP). Escreveu, dirigiu e atuou em diversos espetáculos teatrais. Já assinou a coluna "Antena", na "Contigo!", e fez críticas teatrais para o "Jornal da Tarde" e para a rádio Eldorado AM. Na Folha, colaborou com a "Ilustrada" antes de se tornar colunista do site "F5"

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