Renato Kramer

'Todos os grandes amantes da história foram bons canalhas', diz Shirley em 'Em Família'

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Só mesmo a fogosa Shirley (Vivianne Pasmanter) para esquentar os derradeiros capítulos de "Em Família" (Globo). Nesta quarta-feira (9), numa longa cena 'boca a boca', Shirley conseguiu tirar Laerte (Gabriel Braga Nunes) do marasmo.

A "linda, loura e rica" Shirley aposta todas as suas fichas em que "essa história de casamento" de Laerte e Luiza (Bruna Marquezine) "está claro que não vai acontecer". "Não pode acontecer, Laerte! Você não nasceu pra isso!", argumenta a ricaça. "Eu vou mudar", arrisca sem muita convicção o músico.

Mas Shirley está determinada a melar esse "final feliz". E põe lenha na fogueira da vaidade de Laerte: "Pra quê? Você é tão bom em deixar uma mulher insegura. Muito do seu encanto vem de você ser canalha com as mulheres!". Será? É dos canalhas que elas gostam mais?!


"Canalha no bom sentido", explica sem afastar os seus lábios dos do já hipnotizado pai do seu filho. E o enreda ainda mais em sua teia, alimentando ainda mais o ego inflado de Laerte: "Todos os grandes amantes da história foram bons canalhas. Hoje são chamados homens com pegada", esclarece Shirley lambendo a sua boca de leve com a ponta da língua.

Até que a poderosa resolve dar-lhe um tranco: "É a mãe que você ama, Laerte, não a filha – concorda comigo?". "Não", responde o músico aturdido, mas titubeia logo em seguida: "quer dizer, acho que não". Então Shirley abre o jogo totalmente: "Casa. Eu não vou tentar impedir. Eu não me importo de ser a outra, a filial" – palavras de uma mulher apaixonada, mas que confia no seu taco: "Se a Luiza for a matriz, logo, logo a filial vai dar mais lucro!".

Mas também é consciente do seu calcanhar de Aquiles: "Mas se for a Helena (Julia Lemmertz), aí fica mais difícil. Porque vai ser um amor que venceu o tempo, a desgraça e a própria morte", conclui. E profetiza: "É uma maldição!". Então joga-se novamente nos braços da sua "maldição" e o convida para abandonar tudo e todos e sair com ela mundo afora, aproveitando tudo o que o dinheiro pode oferecer. E olha que não é pouca coisa.

Enquanto isso, a noivinha inocente faz confidências com a melhor amiga. "A gente briga mais do que se entende", queixa-se Luiza para Alice (Erika Januza). A policial lembra a amiga de que ainda está em tempo de sair dessa. "Parece que a gente foi destinado um para o outro", argumenta Luiza. "Destinado ou condenado?"retruca Alice.

Destino ou desgraça? "É sempre o que Deus quer e o que o destino traça", afirma Virgílio (Humberto Martins) em conversa com a sua amada Leninha (Lemmertz), que ainda guarda um pingente da Fênix que o atual noivo da filha, e seu primeiro amor, lhe deu.

Mudando de saco para mala, terá sido o que Deus quis e o que o destino traçou para a nossa seleção o que ocorreu no jogo contra a Alemanha?! Entre as teorias "simplistas" e as de cunho "religioso", só nos resta aprender com as falhas e "aceitar que dói menos" – como já sugeria a intrépida Maria Vanúbia (Roberta Rodrigues) de "Salve Jorge".

Renato Kramer

Natural de Porto Alegre, Renato Kramer formou-se em Estudos Sociais pela PUC/RS. Começou a fazer teatro ainda no sul. Em São Paulo, formou-se como ator na Escola de Arte Dramática (USP). Escreveu, dirigiu e atuou em diversos espetáculos teatrais. Já assinou a coluna "Antena", na "Contigo!", e fez críticas teatrais para o "Jornal da Tarde" e para a rádio Eldorado AM. Na Folha, colaborou com a "Ilustrada" antes de se tornar colunista do site "F5"

Final do conteúdo
  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Comentários

Ver todos os comentários Comentar esta reportagem

Últimas Notícias