Renato Kramer

Priscila Fantin é a bela em 'A Besta'

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A comédia "A Besta" (David Hirson), que despontou na Broadway em 1995, estreia hoje em São Paulo – trazendo a beleza de Priscila Fantin e o humor de Hugo Possolo como destaque.

Em pleno século 17, uma bela e poderosa princesa (Fantin), mecenas do renomado ator Elomire (Celso Frateschi), resolve indicar-lhe o comediante popular Augusto Valério (Possolo) para dar novos ares a sua companhia teatral. Elomire (que seria o anagrama de Molière, o grande nome da Comédie Française) não gosta nada da ideia e se sente ultrajado ao perceber que a princesa não se fará de rogada ao preteri-lo em função do palhaço anárquico.

Até que ponto "vale tudo" em nome da sobrevivência? Como conseguir conciliar "princípios" e necessidade financeira? "A Besta" discute essa questão com graça, inteligência e muita ironia dentro do mundo das artes, mas que poderia ser transportada para qualquer universo humano onde haja decisões a tomar e contas a pagar.

O espetáculo dirigido pelo consagrado Alexandre Reinecke, traz uma produção grandiosa e nomes do primeiro time do teatro nacional: José de Anchieta nos cenários, Fabio Namatame nos figurinos, Fran Barros na luz e Daniel Maia na trilha sonora original.

Crédito: Divulgação A partir da esq.: Hugo Possolo, Priscila Fantin e Celso Frateschi
Hugo Possolo (esq.), Priscila Fantin e Celso Frateschi (dir.) em "A Besta"

Na sessão para convidados realizada na segunda-feira (19), Hugo Possolo ganhou a plateia com as peripécias mirabolantes do seu irrequieto comediante Augusto Valério. Aproveitando as grandes oportunidades que o próprio personagem lhe oferece, junto ao talento e o carisma que lhe são peculiares, Possolo fez "A Besta " brilhar.

Priscila Fantin entra em cena "como uma deusa", como lhe canta em reverência o espirituoso Augusto Valério. Linda e decidida, num vestido esplendoroso, Fantin faz uma "princesa dos sonhos" de qualquer baixinho ou marmanjo. Celso Frateschi faz com eloquência o seu Elomire, que tenta até o fim defender o que ele acredita ser o "ético" para o seu teatro.

Complementam o elenco os talentosos e grandes comediantes Ary França (Béjart) e Iara Jamra (Dorine), além da trupe dos Parlapatões (Alexandre Bamba, Carol Mariottini, Fabek Capreri, Dani Mustafci e Renan Duran). "A Besta", comemorando os trinta anos de carreira do diretor Alexandre Reinecke, estreia nesta sexta-feira (23) no Teatro Gazeta, em São Paulo.

Renato Kramer

Natural de Porto Alegre, Renato Kramer formou-se em Estudos Sociais pela PUC/RS. Começou a fazer teatro ainda no sul. Em São Paulo, formou-se como ator na Escola de Arte Dramática (USP). Escreveu, dirigiu e atuou em diversos espetáculos teatrais. Já assinou a coluna "Antena", na "Contigo!", e fez críticas teatrais para o "Jornal da Tarde" e para a rádio Eldorado AM. Na Folha, colaborou com a "Ilustrada" antes de se tornar colunista do site "F5"

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