Renato Kramer

Apesar de diversas atrações e barracos, 'BBB14' continua pouco interessante

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Vamos combinar que "tá puxado!" essa edição do "BBB" (Globo). "Não está sendo fácil, não está sendo fácil...", já cantava Kátia,a afilhada de Roberto Carlos, nos anos 80 — e bem poderia ser a trilha desta 14ª edição.

No "mega paredão" desta terça-feira (18), como se referiu Bial, foi eliminado o "menino do Rio". Diego declarou ter chegado à conclusão que são os sonsos que vão permanecendo no jogo.

Quanto ao "julgamento" que os participantes esperavam ser determinado pela escolha do publico na eliminação, Pedro Bial tirou o cavalinho deles da chuva. "Não é uma condenação, nem uma absolvição". Em outras palavras, o apresentador alertou-os para não tirarem conclusões precipitadas pela eliminação de quem quer que fosse — ela por si não determinava nada em relação aos fatos recentes ocorridos na casa.


Já no discurso da eliminação da atriz Aline todos ficaram com a mesma carinha de ratinhos de laboratórios assustados, sem saber a que estímulo seguir. "Alguns a acusam de estar atuando, mas só ela estaria atuando?", e por aí foi desenvolvendo o seu discurso que acabou por deixá-los descrentes deles próprios. "Será que parece que eu estou atuando também?", era a pergunta que se lia em seus olhos.

Ontem o jornalista Pedro Bial, hábil com as palavras, "caetaneou" com eles. Estilo tudo pode ser... Ou não. "Você acha tal coisa, mas não é um consenso; fulano acha tal outra coisa, mas que também não é um consenso". Essa foi a base da argumentação usada pelo apresentador que deixou os participantes de mãos amarradas. E de boca calada. Pelo menos no "ao vivo".

Se pensarmos que o programa está nesse ritmo depois de receber Ivete Sangalo, bateria da Beija-Flor e até a presença inesperadas mães dos enclausurados, e depois de armar um barraco meia boca, que mais pode e deve acontecer de interessante?

O coelhinho da Páscoa causaria algum furor? Acho que nem o Papai Noel descendo de trenó e tudo. Talvez se descesse a nave da Xuxa com a "Rainha dos Baixinhos", cercada por suas paquitas louras no meio do pátio da casa, cantando em alto e bom som: "Tá na hora, tá na hora — tá na hora de brincar!" (Ilariê)... Quem sabe.

O gaúcho Cássio, que prometeu fazer as suas malas para quinta-feira, sem dúvida ia querer pegar carona na nave da sua conterrânea para sumir do pedaço. Porque "que tá puxado, isso tá!".

Renato Kramer

Natural de Porto Alegre, Renato Kramer formou-se em Estudos Sociais pela PUC/RS. Começou a fazer teatro ainda no sul. Em São Paulo, formou-se como ator na Escola de Arte Dramática (USP). Escreveu, dirigiu e atuou em diversos espetáculos teatrais. Já assinou a coluna "Antena", na "Contigo!", e fez críticas teatrais para o "Jornal da Tarde" e para a rádio Eldorado AM. Na Folha, colaborou com a "Ilustrada" antes de se tornar colunista do site "F5"

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