As estreias da atriz Camila Pitanga no cinema e do ator Leonardo Miggiorin no teatro foram os destaques do 'Programa Amaury Jr' (Rede TV) desta quarta-feira (25).

'Eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábios' é o título do filme protagonizado por Camila Pitanga, que estreou no último dia 20. O filme, baseado no romance homônimo de Marçal Aquino, conta a história de um triângulo amoroso formado pela bela e intrigante Lavínia (Camila Pitanga), o marido que a tirou da prostituição, o pastor Ernani (Zécarlos Machado) e um jovem fotógrafo Cauby (Gustavo Machado) --que fora a trabalho para o interior da Amazônia, onde tudo acontece.

A jornalista Maria Cândida foi quem entrevistou Pitanga. "O que a motivou a aceitar esse roteiro?", foi sua primeira pergunta. "Trabalhar com esses dois diretores (Beto Brant e Renato Ciasca), cujos filmes sempre admirei", respondeu Camila que ganhou com esse personagem o prêmio de 'melhor atriz' no Festival do Rio (2011).

"E as muitas cenas de sexo?", indagou Maria Cândida. "Eu fiquei muito à vontade para fazer as cenas de sexo. Primeiro porque a equipe era maravilhosa. Depois, porque eu tinha um grande personagem...eu fiquei livre", confessou a atriz. O longa, que ganhou o prêmio de 'melhor filme' no Festival de Huelva (Espanha - 2011), trata também do desmatamento da Amazônia e da questão da falta de terras para os índios.

Laura Wie, que também é repórter do 'Programa Amaury Jr', esteve na estreia da peça 'Equus' (Peter Shaffer) e entrevistou o ator Leonardo Miggiorin (O Roni de 'Insensato Coração'). Na peça Leonardo vive Alan, um jovem cavalariço que é levado a cometer alguns crimes contra cavalos dos quais tratava e vê-se obrigado a trabalhar os seus medos e paixões com o psiquiatra Martin (Elias Andreato).

"O fato de você estudar psicologia ajudou a compor esse personagem?", perguntou Laura. "Sim, e muito", respondeu Miggiorin. "É um personagem muito complexo!', acrescentou o ator."Ele me exige muita energia e concentração. Tem um desequilíbrio tênue, mas às vezes beira à esquizofrenia".

'Equus' é um clássico. Foi encenado pela primeira vez em 1973. Em 1977 foi levado para o cinema pelo diretor Sidney Lumet, e deu os prêmios de 'melhor ator' para Richard Burton (Martin) e de 'melhor ator coadjuvante' para Peter Firth (Alan). Entre outras montagens, em 1997 o ator Caco Ciocler, que também estava presente, já vivera por sua vez o jovem Alan. "Quais são as tuas expectativas para esta estreia?", perguntou-lhe Laura Wie. "São grandes. Mas eu estou com um pouco de ciúmes do personagem também", confessou Ciocler. "O prazer que eu tive nesta peça eu nunca mais tive!", confidenciou o ator.

A montagem atual, que está no Teatro Folha (Shopping Pátio Higienópolis - SP) tem a direção de Alexandre Reinecke, e ainda conta com Patrícia Gasppar, Jorge Emil, Mara Carvalho, Gustavo Malheiros, Bruna Thedy, Fernanda Cunha e Leo Steinbruch no elenco.

Em 2007, na Inglaterra, foi a vez do 'bruxinho mais famoso do universo' causar furor com a sua versão do jovem Alan: Daniel Hadcliffe, idolatrado pelos adolescentes do mundo inteiro como 'Harry Potter' - especialmente por aparecer completamente nu em uma cena da peça.

A atriz Irene Ravache era outra figura importante na badalada estreia de "Equus' e também foi entrevistada pela repórter. "Como é que está a preparação para fazer o remake da novela 'Guerra dos Sexos'(Rede Globo)?", quis saber Laura Wie. "Eu vou fazer o papel que foi de Fernanda Montenegro, o que significa que eu já estou tremendo da cabeça aos pés!", confessou a atriz. "Porque ela é o meu ídolo", acrescentou Ravache.

Para encerrar a noite cultural do seu programa, Amaury Jr sugeriu um novo creme de clareamento, encontrado em lojas que o patrocinam. "É para qualquer parte do corpo", lembrou a simpática vendedora. "Especialmente para as cavidades e reentrâncias femininas", alertou Amaury. "Deixa tudo rosadinho!", concluiu o apresentador.

Renato Kramer

Natural de Porto Alegre, Renato Kramer formou-se em Estudos Sociais pela PUC/RS. Começou a fazer teatro ainda no sul. Em São Paulo, formou-se como ator na Escola de Arte Dramática (USP). Escreveu, dirigiu e atuou em diversos espetáculos teatrais. Já assinou a coluna "Antena", na "Contigo!", e fez críticas teatrais para o "Jornal da Tarde" e para a rádio Eldorado AM. Na Folha, colaborou com a "Ilustrada" antes de se tornar colunista do site "F5"