[an error occurred while processing this directive]
Renato Kramer

"Divas" no "Saia Justa"

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

E não estamos falando da cantora lírica Maria Callas, da ex-primeira dama americana Jacqueline Kennedy (depois Onassis), da poetisa Sylvia Plath, da atriz Ingrid Bergman, da cantora pop Tina Turner, da estrela de cinema Marilyn Monroe nem de Lady Diana. Essas estão retratadas no livro "Divas Abandonadas: Os Amores e os Sofrimentos das 7 Maiores Divas do Século XX" (Ed. Jaboticaba), que está sendo relançado.

As 'divas', no caso, são as próprias apresentadoras do "Saia Justa" (GNT). A jornalista Teté Ribeiro (autora do livro acima citado), a atriz Camila Morgado e a também jornalista Mônica Waldvogel. Com muito humor e agilidade, as meninas transformam a telinha numa deliciosa sala de estar, como se fossem amigas que recebemos para trocar ideias.

A cada programa, elas recebem um convidado para dar a visão masculina no debate. Alternam-se os atores Dan Stulbach e Du Moscovis, o jornalista Xico Sá e o cantor Léo Jaime. Ontem foi a vez do cantor, que teve a sua maior 'saia justa' na pergunta vinda da 'caixa preta'. São perguntas feitas pelas próprias apresentadoras, sorteada na hora pelo participante masculino da vez.

Crédito: Divulgação Camila Morgado, Teté Ribeiro, Du Moscovis e Mônica Waldvogel no "Saia Justa"
Camila Morgado, Teté Ribeiro, Du Moscovis e Mônica Waldvogel no "Saia Justa"

Coube à atriz Camila Morgado fazer-lhe a pergunta, que resumindo dizia assim: "como você reage a um pé na bunda?" Léo Jaime titubeou. E elaborou a resposta. "É porque as vezes não é bem um 'pé na bunda'... Às vezes ela só quer ver você fazer a 'dança da salamandra doida'!"

"E como é a 'dança da salamandra doida'?, deliciou-se em perguntar Mônica Waldvogel. "Você pode fazer um pouquinho pra gente ver?", continuou a jornalista rindo antecipadamente. O cantor relutou e argumentou com convicção: "é um processo muito complexo".

Entremeando assuntos sérios e bastante delicados, como o pesar pela recente morte do cinegrafista da Band Gelson Domingo (46), quando acompanhava uma operação do Bope na favela Antares (RJ) --e a controversa questão da legalização das drogas, as meninas e o convidado vão dando as suas opiniões com naturalidade, sem forçar a barra, nem por isso demonstrarem nenhum constrangimento a ter que concordar ou não um com o outro.

"O bacana é ser de verdade", disse a publicitária Andréa Bisker, da WGSN, uma das maiores agências de tendências de consumo. Ela falava sobre os consumidores "ageless", que têm o pensamento jovem independente da idade.

Para explorar mais o tema, o "Saia Justa" foi procurar a artista plástica Marilu Beer. "O pensamento tem que ser jovem", afirmou Marilu. "E temos que procurar sempre uma nova pergunta, não a resposta", declarou a artista. "Eu trabalho muito em cima do erro. E espero continuar sentindo esse amor que eu sinto", concluiu.

Mônica Waldvogel, numa elegante calça branca e uma bela blusa de tecido leve com estampas suaves, chamou a atenção para a parte em que o foco deve ser a pergunta e não a resposta. Camila Morgado, num belo mini vestido cinza chumbo e um coque desconstruído, também se identificou com a questão de priorizar a pergunta.

O cantor Léo Jaime, muito à vontade em sua calça jeans, camiseta preta e camisa xadrez - ainda refletia sobre o tal "pé na bunda". "Para o homem é mais fácil receber um 'não'. Se você diz um 'não' para uma mulher, ela vai cuspir na sua cova!".
Teté Ribeiro, encantadora em seu 'pretinho básico', realçando os belos cabelos ruivos e os grandes olhos azuis, é quem causa a saia mais justa da noite. Ao vir à baila o recorrente assunto da atual rebelião na USP, a escritora solta com ênfase: "pobre da universidade que não tem um grupo de estudantes dispostos a invadir a reitoria!". Todos discutem o assunto com seriedade.

"Ai que pena de Harvard", solta então Mônica Waldvogel. "Imagina uma faculdade aonde os alunos vão só para estudar!?". Camila Morgado ri junto. Teté Ribeiro acrescenta: "eu estudei lá, eu posso falar"(ela é formada em Filosofia pela USP). E as 'divas' caem numa gostosa gargalhada.

Renato Kramer

Natural de Porto Alegre, Renato Kramer formou-se em Estudos Sociais pela PUC/RS. Começou a fazer teatro ainda no sul. Em São Paulo, formou-se como ator na Escola de Arte Dramática (USP). Escreveu, dirigiu e atuou em diversos espetáculos teatrais. Já assinou a coluna "Antena", na "Contigo!", e fez críticas teatrais para o "Jornal da Tarde" e para a rádio Eldorado AM. Na Folha, colaborou com a "Ilustrada" antes de se tornar colunista do site "F5"

Final do conteúdo
  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Comentários

Ver todos os comentários Comentar esta reportagem

Últimas Notícias