Para quem está acostumado a penteados super estruturados e maquiagens com muitas camadas e tipos de produtos – quase sempre sinônimos para beleza de casamento aqui no Brasil –, foi surpreendente. Meghan Markle entrou na capela de São Jorge, em Windsor, exibindo um coque baixo desconstruído e um visual que chamou a atenção nem tanto pelo que incluía, mas sim pelo que não tinha: excesso de base, de blush, de cor.
 
Tudo bem que para um casamento nobre já se espere um pouco mais de comedimento, mas tamanha leveza e modernidade trouxeram um sopro novo para a cerimônia. Meghan optou por uma pele translúcida, com pintas e sardinhas aparentes, muito alinhada com uma das principais tendências de beleza, a glassskin. Em outras palavras, pele limpa, tonificada e hidratada com séruns, máscaras e loções, que transborda saúde e apresenta brilho natural.  Como complementos, batom transparente em um tom entre o rosado e o coral, blush sutil, para um efeito ruborizado delicado, e sombra esfumada marrom com muita máscara realçando os cílios (nos olhos, a intensidade da maquiagem acabou sendomaior). 
 

Se no rosto a palavra chave foi leveza, no cabelo combinou-se tradição e modernidade. Enquanto o posicionamento do coque, a risca central e (é claro) a tiara preciosa traziam classicismo para a aparência, a textura mais podrinha, a falta de compromisso com a simetria e os fios soltos aqui e ali acrescentavam elementos de atualidade. Um visual muito bem amarrado para uma princesa tão conectada a valores do século 21.

Cabelo, make & mais

Maria Cecília Prado (@mceciliaprado) é jornalista especializada em beleza, lifestyle e consumo. Foi editora nas revistas "Elle", "Claudia" e "Estilo" e escreveu o livro a "Beleza dos Signos". Atua como consultora, desenvolve conteúdos customizados e coordena o site "Beauty Editor", referência em tendências, notícias de beleza e reviews de produtos.