Ex-paquito da Xuxa vive de empresas de salada a quilo, carne e balada
Ele começou a trabalhar na equipe da rainha dos baixinhos aos 18 anos
Paquito da Xuxa por cinco anos, de 2001 a 2006, Biel Maciel, 35, agora tem quatro empresas e vive de salada por quilo, carnes nobres e negócios da noite (uma boate e uma empresa de eventos). A mais recente empreitada é o Green Station, um restaurante de salada por quilo, na Barra da Tijuca, no Rio.
No Green Station, o cliente pode montar a sua própria salada, colocando no prato quantos ingredientes, molhos e acompanhamentos quiser. Pode incluir proteínas como frango, rosbife e peito de peru. O quilo custa R$ 46.
A unidade foi aberta na Barra da Tijuca em maio do ano passado pelos empresários Vinícius Loyola, 30, e Taiguara Moura, 30, donos da marca. Eles são de Vitória (ES). Maciel entrou como sócio em fevereiro deste ano.
"Entrei como sócio no negócio para promover a marca Green Station. Fui criado em Copacabana e tenho um mercado de entretenimento na Barra da Tijuca. Conheço muita gente da Barra, o público-alvo da Green Station, juntamente por concentrar pessoas que gostam de se alimentar de forma saudável fora de casa", declara Maciel, que não revela o valor do investimento.
Segundo os sócios, a unidade da Barra da Tijuca faturava R$ 45 mil por mês e passou a faturar R$ 60 mil mensais após a entrada de Maciel, um aumento de 33%. O lucro não foi revelado. "Decidimos convidar o Biel Maciel como sócio por ele ser um influenciador e uma figura muito conhecida aqui no Rio de Janeiro", afirma Loyola.
DE PAQUITO A AÇOUGUEIRO
Em 2001, aos 18 anos de idade, Maciel começou a trabalhar na equipe de paquitos da Xuxa, na TV Globo. Atuou até 2006 na TV, participando também como dançarino e ator em clipes e filmes da apresentadora. Ele é formado em artes cênicas.
Além do Green Station, Maciel tem outras três empresas: a Agência Cinco Entretenimento, a boate VitrinniLoungeBeer e o "açougue gourmet" Embrasando, todas na Barra da Tijuca.
Em 2008, ele abriu a Agência Cinco Entretenimentos, promovendo eventos, baladas e festas pelo país. Um dos principais eventos é o bloco de carnaval Chora Me Liga, criado em 2009. Em 2016, Maciel se tornou sócio da boate Vitrinni Lounge Beer.
O Embrasando, aberto no ano passado, vende carnes nobres (das raças Angus e Nelore) e, no mesmo espaço, mantém um barzinho para o cliente comprar a carne e comer o churrasco ali mesmo se quiser. Neste ano, virou sócio da Green Station e começou a cursar a faculdade de gastronomia.
IDEIA DA GREEN STATION VEIO DOS EUA, DIZ DONO DA MARCA
Foi em uma viagem aos Estados Unidos, que o publicitário Vinícius Loyola conheceu o modelo de negócio de um fast food de salada. Ele voltou com a ideia de abrir um negócio similar aqui, convidou o amigo Taiguara Moura e, juntos, criaram a Green Station, por quilo.
A primeira unidade foi aberta em Vitória, em agosto de 2015, com investimento inicial de R$ 85 mil. "Já montamos um modelo de negócio que pudesse virar franquia e, oito meses depois, abrimos a primeira, em Vila Velha (ES)", diz Loyola.
A rede tem hoje 27 unidades, sendo três próprias (duas em Vitória e uma na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro) e 24 franquias em nos quatro estados da região Sudeste (ES, RJ, MG e SP). No ano passado, a rede faturou R$ 8 milhões. Para este ano, a projeção de faturamento é de R$ 30 milhões. O lucro não foi revelado.
Confira os dados da franquia, fornecidos pela empresa:
- Investimento inicial: R$ 117 mil (inclui taxa de franquia + capital de giro)
- Taxa de royalties: 6% sobre o faturamento por mês
- Faturamento médio mensal: R$ 70 mil
- Lucro médio mensal: de 20% a 25% sobre o faturamento
- Prazo de retorno: de 18 a 22 meses
NEGÓCIO É FÁCIL DE SER COPIADO, DIZ CONSULTOR
Para Leonardo Paiva, consultor do Sebrae-SP, o conceito do Green Station segue a tendência crescente de alimentação mais saudável. "O brasileiro está cada vez mais atento à qualidade de vida, e a alimentação saudável está totalmente ligada a isso. Ao apostar nesse filão, a empresa se mostra atenta a essa tendência do mercado", diz.
Outro destaque apontado por Paiva é a marca ter apostado em um influenciador (o sócio Biel Maciel). "Atualmente, as empresas têm investido em marketing digital. Ele, por ser ex-paquito, sempre viveu da sua imagem pessoal, consequência de uma boa alimentação e um estilo de vida saudável. O público se identifica com ele, que é a cara do negócio. Essa é uma forma de o Green Station se diferenciar no mercado", declara.
O consultor diz, no entanto, que a empresa precisa ficar atenta à concorrência, pois o "negócio é fácil de ser copiado", e buscar sempre uma "boa cadeia de fornecedores", para ter produtos frescos e de qualidade.
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