Incomodado com protesto de Beyoncé, grupo policial anuncia polêmico boicote à turnê
Beyoncé não deve nem estar pensando no boicote ao Oscar pela falta de negros na lista de atores indicados. Sua preocupação é com uma represália que pode lhe causar problemas maiores.
O primeiro show da nova turnê da popstar, "The Formation World Tour", marcado para o dia 27 de abril na cidade de Miami, pode enfrentar problemas de segurança.
Isso porque a Ordem Fraternal da Polícia de Miami iniciou um boicote contra a cantora e insta organizações semelhantes a aderirem ao protesto.
As forças policiais americanas se ofenderam com a apresentação de Beyoncé no show do intervalo do Super Bowl. Na ocasião, ela cantou o novo single "Formation", com alusões ao movimento dos Panteras Negras, o que desencadeou uma onda de apoio e outra, tão grande quanto, de críticas.
Também no clipe da música recém-lançada, Beyoncé homenageia as influências afro-americanas na Louisiana, com cenas da capital New Orleans. Ela critica os recentes assassinatos de jovens negros cometidos pela polícia americana.
"Manchar globalmente a imagem de policiais no Super Bowl é muito errado", disse o sargento Ed Mullins, presidente da Associação Benevolente dos Sargentos de Nova York à CNN.
Ele explica que o boicote envolve a recusa por parte dos oficiais de fazer o policiamento dos shows da cantora —nos Estados Unidos, a polícia não tem obrigação de fazer a segurança dos shows e os oficiais que participam desse tipo de "freelancer" ganham uma remuneração extra.
A Associação Nacional das Organizações de Polícia incentiva a aderência ao protesto. "Por que qualquer grupo de homens e mulheres apoiaria uma celebridade rica que glorifica abertamente assassinos?", indagou o diretor-executivo Bill Johnson.
Apesar do possível boicote em Miami, o show na cidade já está com o ingresso esgotado. Os Estados de Massachusetts e Texas discutem apoiar a iniciativa.
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