Celebridades

Will Smith revela que recusou papel principal de 'Django' por ser contra vingança

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À luz dos atentados de Paris, a violência foi um dos temas da mesa redonda da revista americana "The Hollywood Reporter" com os atores Will Smith, Michael Caine, Samuel L. Jackson, Benício del Toro, Joel Edgerton e Mark Ruffalo.

Smith contou à revista ter recusado o papel principal em "Django Livre", do diretor Quentin Tarantino, por descordar da direção criativa com a temática de vingança.

"Eu queria desesperadamente fazer aquele filme, mas senti que a única forma seria se ele fosse uma história de amor, não de vingança. Eu não acredito na violência como reação à violência", declarou o ator, que diz ter negociado por horas com Tarantino antes de recusar o papel.

"Nós não podemos olhar para o que aconteceu em Paris e querer massacrar alguém por isso. Violência gera violência. Eu não consegui me conectar com ela sendo a resposta —o amor tinha de ser", argumentou Smith.


Michael Caine também declinou papéis por não concordar com a mensagem. À revista, ele contou sobre o convite recebido de Hitchcock, na época seu vizinho, para viver um assassino sádico de mulheres em "Frenesi".

"Era uma história real na Inglaterra —o homem matou 13 mulheres e as esquartejou. Ele [Hitchcock] queria que eu o interpretasse, mas eu recusei. Nunca mais falou comigo", disse Caine.

Já Samuel L. Jackson disse não ter problemas com a violência nos filmes. Segundo ele, resultado dos filmes asiáticos e romances de mistério e assassinato que o entretinham na adolescência.

"Sempre gostei dessas coisas. Cresci com elas, assistindo a faroestes na TV. Costumava me irritar quando os personagens, ao tomarem tiros, punham a mão no peito e caíam no chão. Não quero ver sangue na parede, quero ver as pessoas caindo da mesa do jantar", declarou o ator.

Para Benício del Toro, há uma questão mais importante por trás da discordância da mensagem dos filmes:

"Se você interpreta um personagem com o qual concorda ou não, você o entende?", questionou, elogiando a elegância do diretor Denis Villeneuve ao usar a violência em "Sicario - Terra de Ninguém".

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