Em entrevista ao "Na Lata", de Antônia Fontenelle, Celso Portiolli falou sobre as provações que passou no SBT com o patrão Silvio Santos.

Celso Portiolli contou que, quando começou a trabalhar no SBT, na década de 1990, o diretor Roberto Talma o convidou para sair do canal e ir para a Globo junto com ele.

Segundo Portiolli, a ideia de Talma era levá-lo como apresentador de sábado, para que um dia ele pudesse migrar para o domingo. "Eu ganhava aqui X, ele me ofereceu de cara 10 X. E de luva [compensação financeira], 100X".

Ressentido com problemas que tinha tido no SBT, Portiolli marcou uma reunião com Silvio, e disse que ia sair do canal —naquele momento, porém, ele não pôde dizer que era Roberto Talma que tinha feito a proposta, e Silvio o acusou de estar blefando.

Celso recebeu uma contraproposta, menor que a da Globo. "Encantado com tudo, com o respeito, com a gratidão, falei, vou ficar. Quando assinei com ele, comecei a comer o pão que o diabo amassou", disse.

"Ele diminuiu meu salário, me colocou na geladeira. Mas assim, ele fazia isso porque na visão dele, eu era um moleque de 30 e poucos anos, ganhando bem, sem pressa pra estourar. Ele não precisava de mim", explicou. "Depois eu fui entender que ele estava me ensinando muita coisa. A ser mais homem, mais humilde. A respeitar os outros profissionais".

"Hoje eu sou um cara extremamente polido pelos gestos do Silvio Santos. Sou muito grato a ele. Sofro menos na vida hoje porque ele me ensinou a bater a cara no muro e levantar a cabeça. Mas eu sofri. Eu sofri demais".

Assista abaixo à entrevista completa.