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Velho Fofão ensaia volta com games para tablets; veja vídeo

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Uns lembram dele como o amigão da infância. Outros veem um encontro de dar medo entre Chucky, o Boneco Assassino, e Chewbacca. Escolha seu lado e corra -para o abraço ou para as montanhas. Fofão, a criatura das bochechas descomunais e das patas peludas, voltou.

Há 31 anos, "quase metade dos meus 70", o ator Orival Pessini interpreta o alienígena "apatralhado" que troca sílabas de lugar.

Se o macacão jeans e a blusa listrada continuam os mesmos, a roupagem é que mudou: em parceria com a agência de conteúdo digital Farofa Studios, ele relança o personagem em games para tablets, novo boneco e negocia um desenho animado na TV.

Crédito: Danilo Verpa/Folhapress Orival Pessini como Fofão no terraco do Edificio Viadutos, em São Paulo
Orival Pessini como Fofão no terraco do Edificio Viadutos, em São Paulo

Seria o retorno de Fofão após um período de ostracismo. Seu último programa, "TV Fofão", terminou em 1997 na CNT/Gazeta, atual TV Gazeta.

O Fofão 2.0 desfilou numa feira de licenciamento em São Paulo, no final de setembro. Virou o "rei dos selfies" num saguão onde circulavam Scooby-Doo, Pequeno Príncipe e promoters com decote quase tão protuberante quanto as bochechonas do ET.

"Olha, mais curvas que a estrada de Santos!", Fofão diz às moças. Uma delas devolve um sorriso congelado e deixa escapar: "Ai, que medo".

Pessini até hoje se chateia com esse papo de "medo". Credita a um pastor evangélico a lenda urbana de que a coluna do seu boneco era na verdade um punhal. Tipo de "desserviço que traumatizou uma geração e também vitimou Xuxa", ele lamenta.

"Falavam que saía sangue na unha da boneca dela, que se você tocava seu disco ao contrário, ouvia o demônio."

Pessini frisa que nunca escutou tamanha maldade com ídolos gringos como Pateta e Os Flintstones. Mas tudo bem, "é comum ter medo", diz. "Tem criança que teme o Papai Noel. E olha que ele dá presente, o Fofão não dá nada!"

Pessini até vislumbra carreira internacional: pretende apresentar Fofão numa feira dos EUA. Lá será "Fluffy".

SUPERFANTÁSTICO

Em 1983, o então diretor-geral da Globo, Boni, chamou Pessini num canto: queria um personagem para interagir com a turma de Simony, 6, no infantil "Balão Mágico".

Ele vinha do humor adulto. Já havia interpretado os macacos Sócrates e Charles (do bordão "não precisa explicar, eu só queria entender!") e mais tarde criaria o riponga Patropi, que passou pela "Escolinha do Professor Raimundo" e existe até hoje.

Com o pedido de Boni, Pessini passou a se sentir um ET -exatamente como aquele do filme de Steven Spielberg. "Bicho feio, asqueroso... E passa uma emoção danada!"

Daí veio a inspiração para Fofão, guri de "oito milhões de aninhos" do planeta Fofolândia. Mistureba, diz o criador, com "um pouco de urso, nariz de porco, bochechas de São Bernardo e palhaço". Coisa do outro mundo.

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