'Acho o Brasil um país muito racista', afirma a atriz Juliana Alves
Juliana Alves, 32, falou sobre como reagiu às manifestações de racismo que já sofreu.
"Quando vivo um episódio de racismo, sei que estou no lugar certo —quem está no lugar errado é o racista", disse em entrevista à "Tpm".
"Minha interpretação poderia ser diferente se não fosse o discurso dos meus pais", observou.
"Acho o Brasil um país muito racista", afirmou. "E, nesse quadro, as mulheres negras são as mais vulneráveis da sociedade."
"O caso de Claudia Silva Ferreira, a mulher negra arrastada por um carro da PM do Rio de Janeiro, é racismo. O caso de Vinícius Romão de Souza, ator negro preso injustamente, é outro exemplo", enumerou. "Diante de fatos não existem argumentos."
A atriz, que é rainha de bateria da Unidos da Tijuca, disse ainda que vê no Carnaval uma oportunidade para subverter pensamentos pré-concebidos.
"Quando me coloco à frente de uma escola de samba, uma estrutura em que várias vezes a mulher é desvalorizada, eu vivencio minha cultura como um ato político", avaliou. "Procuro me posicionar como integrante da escola, mas, sobretudo, como mulher negra que merece respeito."
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