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Papagaio de peito roxo, comum no Brasil, está sob grave ameaça

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Um estudo realizado em Brasil, Argentina e Paraguai descobriu que o papagaio de peito roxo está sob séria ameaça: seu território foi reduzido e existem apenas cerca de 3.000 espécimes dessa espécie.

Com nome científico "Amazona vinacea", o pássaro só pode ser encontrado em três lugares no mundo: na Mata Atlântica brasileira, na região sudeste do Paraguai e na região de Missões, no nordeste da Argentina.

O projeto Charão, que terminou em maio e foi realizado em universidades e institutos dos três países, mostrou que dos aproximadamente 3.000 indivíduos em todo o mundo, cerca de 91% está no Brasil, com 2.857. Na Argentina há 143 e no Paraguai 133.

Crédito: Maria Luiza/AFP Papagaio de peito roxo, que corre risco de extinção
Papagaio de peito roxo, que corre risco de extinção

No Brasil, os papagaios foram registrados em "um ambiente natural reduzido a 8% de seu tamanho original", segundo comunicado divulgado pela Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, que financiou o estudo.

Santa Catarina é o Estado com maior número de exemplares.

Desde 2012 o papagaio recebeu a classificação "em perigo" pela União Internacional para a Conservação da Natureza, mas "ainda não havia informações confiáveis sobre o real tamanho da população atual nem de sua exata distribuição", ressaltou a nota.

A população é 25% menor do que o esperado, alertou.

"A espécie corre atualmente um sério risco, visto que seu tamanho populacional está drasticamente reduzido e muito abaixo dos níveis seguros", afirmou Malu Nunes, diretora executiva da instituição, com sede em Curitiba.

Segundo ela, a ave deveria ser alçada à categoria de espécie "criticamente ameaçada".

Embora não houvesse nenhum estudo de campo até a data, os investigadores estimam que há 10 anos a população de papagaios era de cerca de 10.000 indivíduos.

A partir de agora, ações como campanhas contra a comercialização dos papagaios e a instalação de 'caixas-ninho' na selva serão promovidas para expandir as possibilidades de reprodução.

O projeto também envolveu a Universidade de São Paulo, a Universidade de Passo Fundo, o Instituto Chico Mendes, a ONG Guyra Paraguay, a Associação Ornitológica do Prata e o Projeto Pinho Paraná, na Argentina, entre outros.

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